terça-feira, 31 de agosto de 2010



O Grito dos Excluídos é um conjunto de eventos e mobilizações que se realizam todo ano na Semana da Pátria, ou seja, de 01 a 07 de setembro, ou um pouco antes, dependendo da realidade local.

Não se trata exatamente de um movimento ou campanha, mas de um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças.

O Grito, como indica a própria expressão, constitui-se numa mobilização com três sentidos:
1)Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social;
2)Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;
3)Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.

Este ano, o tema do Grito dos Excluídos é “VIDA EM PRIMEIRO LUGAR: ONDE ESTÃO NOSSOS DIREITOS? VAMOS ÀS RUAS PARA CONSTRUIR UM PROJETO POPULAR”.

Em Santarém, o Grito dos Excluídos ocorrerá na noite do dia 04 de setembro (sábado), momento em que haverá grande concentração de pessoas na avenida tapajós, por conta do desfile das escolas em homenagem ao Dia da Pátria.

A concentração se dará a partir das 18 horas na Praça Tiradentes, com caminhada até a Praça da Bandeira, onde acontecerá uma programação cultural até as 21 horas, que consistirá em apresentações de músicos da região, de grupos de teatro popular e de carimbó, dentre outras atrações.

Os principais temas do Grito em Santarém serão: a) o impacto das Hidrelétricas na Amazônia; b) Ética na política e nas eleições: a campanha “Ficha Limpa”; c) o plebiscito popular pelo limite da propriedade da terra; d) a situação da educação pública no estado do Pará e em Santarém; e) a presença ilegal da Cargill em Santarém; e f) a exclusão vivenciada por milhares de jovens e trabalhadores na nossa região.

Contamos com a participação de todos(as) nessa grande manifestação popular.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010



Começa amanhã (31) o II FASOL - Fórum Amazônico de Software Livre, evento promovido anualmente pelos acadêmicos do curso de Sistemas de Informação da Universidade Federal do Oeste do Pará.

O FASOL tem a proposta de ser o ponto de encontro das comunidades, militantes e usuários de Softwares Livres da região amazônica, além de ser fonte de informações para aqueles interessados em conhecer esta filosofia.

Em 2010 o Fórum traz como tema “Aspectos legais do Software Livre” e visa debater assuntos como as licenças abertas e proprietárias, pirataria e liberdade de uso dos softwares. A frase - "Seja Legal com Software Livre!" é o lema adotado para este ano, a frase afirma a gentileza que há em compartilhar o conhecimento através da utilização de Software Livres, promovendo o desenvolvimento.

A programação incluirá palestras, debates e oficinas, no período de 31 de agosto a 3 de setembro, tendo como local o Espaço Pérola do Tapajós (Parque da Cidade).

Para mais informações, veja o site do evento: www.fasol2010.org

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Universidade e Movimentos sociais: esse foi o tema do 2º módulo do Circuito Universitário de Seminários e Debates, ocorrido no campus da UEPA em Santarém, nos dias 13 e 14 de agosto de 2010. O Circuito é uma realização da UES que prevê eventos em cada instituição de ensino superior de Santarém, como forma de provocar o debate acadêmico, político e social entre a comunidade acadêmica da cidade.



A palestra de abertura, ministrada pelo professor Florêncio Vaz (doutor em antropologia), tratou da necessidade de articulação da Universidade com os movimentos sociais para a construção de um novo projeto de nação, mais solidário e inclusivo, diferente do atual sistema socioeconômico, marcado pela lógica predatória do capital, que privatiza os lucros e socializa a miséria e a exploração.

Para Florêncio, tal articulação encontra hoje vários empecilhos, como o enfraquecimento e desmobilização de parcela significativa dos movimentos sociais e a tendência academicista que vigora na maioria das instituições universitárias, fazendo com que elas se apartem da realidade social circundante. No entanto, tais barreiras precisam ser superadas e o antropólogo frisou a importância que tem o movimento estudantil nesse processo de superação.



Da mesa de debate sobre movimentos sociais da educação e ensino público no Brasil, participaram Ib Tapajós (coordenador da UES), Bruno Lima (coordenador do DCE da UEPA), Izabel Sales (diretora estadual do SINTEPP) e Alípio Gomes (presidente do Conselho Municipal de Educação). Foi feita uma avaliação da situação em que se encontra a educação básica e superior no Brasil e discutiu-se qual o papel que têm os movimentos sociais da educação na luta pela construção de um ensino público de qualidade.



Cândido Neto, servidor da Superintendência Regional do INCRA em Santarém, ministrou oficina sobre a Reforma Agrária na Amazônia. De acordo com Cândido, é um engodo afirmar que o governo Lula realizou a reforma agrária no Brasil, uma vez que esta não se confunde com a simples criação de assentamentos. Reforma agrária, para Cândido, é a modificação profunda da estrutura fundiária de um país. E isso ainda está longe de acontecer no Brasil e, particularmente, na Amazônia, onde boa parte das terras é dominada por empresas multinacionais que exploram nossas riquezas.



E por fim, a mesa mais polêmica do Seminário: a construção de hidrelétricas na Amazônia, tema discutido por Edilberto Sena (membro da Aliança Tapajós Vivo), Tibério Allogio (sociólogo do Projeto Saúde e Alegria), Gilson Costa (doutor em ciências sociais e professor da UFOPA) e Dilaelson Tapajós (engenheiro civil com doutorado em recursos hídricos). Os debatedores fizeram uma análise do impacto social e ambiental causado pelas usinas hidrelétricas já construídas na região, bem como uma previsão dos impactos a serem causados pelas usinas a serem construídas.

Para Tibério Allogio, o aproveitamento energético dos nossos rios é a única saída atualmente viável para a crise energética que vive o Brasil e a própria humanidade. Em contraposição, Dilaelson Tapajós defendeu a possibilidade de reaproveitamento das hidrelétricas já construídas e a desnecessidade da construção de grandes usinas.

Gilson Costa posicionou-se contra os projetos hidroelétricos nos rios da Amazônia, uma vez que os destinatários da energia produzida são as grandes empresas multinacionais que exploram a região, em prejuízo de indígenas, ribeirinhos e demais povos tradicionais. Já Edilberto Sena alertou os presentes para a necessidade de "acordar" para a problemática discutida, haja vista a previsão de construção de sete hidrelétricas no rio Tapajós nos próximos anos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010




Foto da campanha passada¹



Não gostaria de ser irônico, porem todos os anos algo me tira do sério. Quando chega por volta do mês de agosto, que aparecem atores da Rede Globo, cantores, pessoas do meio empresarial e crianças manipuladas para dizer o script de gravação com a frase doem amor, doem para o Criança Esperança.


Mais uma vez a velha história que o Brasil precisa da sua solidariedade, precisa da sua ajuda, da sua forma de amar através de ligação telefone e de contribuindo para o sorriso do próximo.


Daí vem a Rede Globo, insistentemente buscando parceiros assistencialistas para financiar seu abatimento de imposto e livrar seus corações capitalistas da necessidade de ir as ruas lutar para que o país tenha melhores condições nas políticas urbanas e sociais. Pois é mais fácil sentir-se responsável doando cinco reais por telefone do que conhecer a realidade dos milhões de brasileiros em déficit habitacional, ou então limpar seus corações de amor ajudando o Criança Esperança esquecendo que sem políticas públicas as crianças viram adolescentes, jovens e quando adultas não vão poder freqüentar as aulas de circo da ONG, velha matriz da solidariedade brasileira.


Ou melhor, doe o quanto quiser, pois como diz a Rede Globo, essa corrente precisa de sua ajuda, assim como a Rede Globo precisa da nossa audiência no Jornal Nacional para conseguir passar a informação mais alienante possível no intuito de que tenhamos a vontade de acreditar que nossa luta por uma nova ordem societária nunca dará certo.


As manifestações da Questão Social são provocadas pelo modo de produção capitalista e que por sinal torna-se cada vez mais distante a luta contra tais manifestações quando ao invés de lutar conjunto ao próximo por um mundo mais justo sentamos como Raul Seixas cantava ao trono de um apartamento com a boca escancarada e cheia de dentes, mas sem esperar a morte chegar, antes dela chegar nos vangloriamos que num mundo de pobres ainda temos algum para ajudar-los.



Não se doa amor, sentimentos se compartilham, pois não podem ser de um só, não se ajuda, se luta para que as coisas melhorem. Mas já se dependesse da Rede Globo, acabaríamos com as políticas sociais, com as escolas e com demais espaços de direitos e viveríamos de doações telefônicas na espera de contribuir para um país mais justo. Na contra mão do acesso igualitário a Rede Globo promove um acesso seletivo sendo que as entidades existem até quando quiserem, não se é direito estar lá, quanto que uma escola não fecha porque o Diretor está cansado dos alunos, educação é direito garantido constitucionalmente .



E ai Didis, e ai Xuxas, o que foi construído do patrimônio de vocês foi a base de doação? O que os donos das grandes empresas tem foi a base de doação? Se não sonegassem tanto imposto de renda (imposto contributivo, quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos e quem ganha nada não paga nada) talvez o nosso país seria muito mais justo, mas enquanto isso vamos mudá-lo com nosso amor, assistencialismo, carinho e solidariedade? Essa corrente não terá minhas mãos.



Leonardo Koury Martins

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém (UES) realizará, nos dias 13 e 14 de agosto de 2010 (sexta e sábado), um Seminário com o tema A Universidade e os Movimentos Sociais, a ocorrer no Auditório Central da Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Trata-se do 2º módulo do I CIRCUITO UNIVERSITÁRIO DE SEMINÁRIOS E DEBATES, uma realização da UES que abrange eventos em todas as universidade e faculdades da cidade, com temáticas variadas, tendo como pano de fundo a situação da educação superior brasileira e sua conexão com as grandes questões da nossa realidade social.

O objetivo do 2º módulo do Circuito é proporcionar um espaço de aproximação da comunidade universitária de Santarém com militantes e entidades do movimento social, permitindo a elaboração de propostas de atuação conjunta entre esses dois segmentos.

Para Ib Sales Tapajós, coordenador geral da UES, “Universidade e movimentos sociais devem estar unidos na construção de um novo projeto de sociedade, mais justo, solidário e inclusivo. O conhecimento científico produzido pela comunidade acadêmica deve se somar aos conhecimentos empíricos e populares produzidos na realidade social que está além dos muros da Universidade”.

As inscrições para o evento podem ser feitas na sede da UES (Trav. Turiano Meira, 187, altos, entre São Sebastião e Mendonça) no valor de R$ 5,00, com direito a certificado de 16 horas de atividades.

Confira a programação:

Dia 13/08 (Sexta)

14h - Mesa de abertura

15h - Palestra de abertura: A Universidade, os Movimentos Sociais e a construção de um novo projeto de nação
Prof. Dr. Florêncio Vaz (Antropólogo)

16h30min - Mesa de exposição: Experiências de interação da Universidade com a sociedade na Amazônia

Solange Ximenes (Doutora em Educação e Coordenadora do Projeto Fomazon)
Representante do Projeto Operação Sorriso, do curso de Medicina da UEPA
Representante da Divisão de Educação no Campo do INCRA – a confirmar
Sheila Braga (Diretora da UES e participante do 1º EIV-Pará)
Representante do Projeto “UEPA na comunidade”

19h - Debate: Movimentos sociais da educação e ensino público no Brasil
Bruno Lima (Coordenador geral do DCE da UEPA)
Alípio Gomes (Presidente do Conselho Municipal de Educação)
Representante do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (SINTEPP)
Ib Sales Tapajós (Coordenador geral da UES)

Dia 14/08 (Sábado)

9h – Oficinas temáticas:
I) Reforma urbana e direito à moradia em Santarém
II) Reforma agrária na Amazônia
III) Organização estudantil

14h - Fórum Social Pan-amazônico em Santarém
Comissão organizadora do V FSPA

15h - Debate: A construção de Hidrelétricas na Amazônia: ontem o rio Madeira, hoje o Xingu, amanhã o Tapajós.
Pe. Edilberto Sena (Aliança Tapajós Vivo)
Tibério Allogio (Sociólogo, diretor do Projeto Saúde e Alegria)
Dilaelson Tapajós (Engenheiro civil, doutor em Recursos Hídricos)
Representante da Diretoria de licenciamento ambiental do IBAMA – a confirmar
Fernanda Gomes (Coordenadora geral da UES)
Gilson Costa (Doutor em Ciências Sociais, professor da UFOPA)
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