sexta-feira, 29 de abril de 2011

A União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém (UES) vem a público apoiar a luta dos estudantes da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e do movimento UFCSPA Ficha Limpa, contra o escândalo de corrupção envolvendo membros do corpo dirigente da referida Universidade, em especial a Reitora Miriam da Costa Oliveira.
É notável a insatisfação da população brasileira com a falta de transparência e com os crimes de corrupção no interior das instituições estatais, que dia após dia são noticiados nos meios de comunicação, terminando na maioria dos casos na vala da impunidade. Recentemente a sociedade foi noticiada das denúncias e condenação da Reitora da UFCSPA, Miriam da Costa Oliveira.
Tal escândalo é amplificado por ter ocorrido no interior de uma Instituição Federal de Ensino Superior, cuja direção deveria garantir o ideal de uma universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Os recentes crimes e escândalos protagonizados pela Reitora Míriam vão à contramão destes princípios, e prejudicam de forma irremediável todo o conjunto da instituição.
Portanto, defender a universidade pública exige a defesa da moralidade como um dos princípios norteadores da gestão pública. Neste sentido, exigimos afastamento da ré Míriam, da reitoria da UFCSPA, em caráter imediato, para que não haja intervenção nas investigações, sendo evidente que não há condições morais e políticas que justifiquem a permanência no cargo principal da Universidade.
Declaramos total apoio às manifestações da comunidade acadêmica, e saudamos em especial os estudantes da UFCSPA, que honram a tradição do movimento estudantil de participar na linha de frente dos movimentos que conquistaram importantes avanços históricos na Universidade Pública. UFCSPA Ficha-limpa já. Nenhum passo atrás!

Santarém/PA, 29 de abril de 2011.

UNIÃO DOS ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR DE SANTARÉM – UES

# Entenda o escândalo de corrupção ocorrido na UFCSPA acessando o blog do movimento UFCSPA Ficha Limpa.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Por Ib Sales Tapajós*

Recentemente os veículos de comunicação de Santarém noticiaram que os empresários do transporte coletivo da cidade negociam com a Prefeitura Municipal de Santarém um reajuste da tarifa de ônibus. Mais uma vez a proposta do reajuste tarifário foi feita na esteira da campanha salarial do Sindicato dos Rodoviários, que este ano pedem 12% de aumento em seus salários, além de outros benefícios.
O Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo de Santarém (SETRANS) alega que só poderá reajustar os salários dos trabalhadores caso o poder público municipal majore o preço da passagem do transporte público coletivo. Além do mais, os empresários alegam que o preço da tarifa de Santarém está defasado, devido à elevação das despesas necessárias à operacionalização do serviço.
Até aí nenhuma novidade. Os empresários sempre usaram esses argumentos em todos os anos que exigiram da prefeitura aumento do valor da passagem de ônibus. Porém, este ano o SETRANS escolheu um novo alvo central: a tarifa paga pelos estudantes de Santarém, atualmente no valor de R$ 0,65.
Vale lembrar que a meia-passagem estudantil foi congelada pela Prefeitura de Santarém em 2008, ano em que a tarifa integral passou de R$ 1,30 para R$ 1,50, sendo mantida a tarifa dos estudantes em R$ 0,65. Em 2009, novamente o preço da passagem aumentou, dessa vez para R$ 1,70, e o preço da tarifa estudantil permaneceu o mesmo.
Longe de representar um “presente” da prefeita Maria do Carmo, o congelamento da meia-passagem dos estudantes significou uma grande conquista do movimento estudantil santareno, que durante vários anos foi às ruas para repudiar os sucessivos reajustes tarifários, decretados pela prefeita sem nenhuma contrapartida na prestação do serviço, isto é, sem nenhuma melhoria efetiva no transporte público do município.
Desta forma, o que este ano os empresários de ônibus tentam derrubar não é pouca coisa: trata-se de uma das principais conquistas alcançadas pelos estudantes na história recente de Santarém.
Neste mês de abril, a Subsede local do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (SINTEPP) comemora 17 anos de existência em Santarém. Em alusão à data, no dia 30 de abril de 2011 (sábado), a entidade realizará um circuito de debates no Auditório da UEPA, com os temas descritos abaixo:
8h - Palestra: "A criação do novo Estado: o que temos, o que queremos e o que podemos?"
Convidado: Movimento pelo Plebiscito do Estado Sustentável.
9h30min - Mesa Redonda: "Os desafios do educador na conjuntura atual: é possível ações mais integradas entre a escola e as demais instituições que formam/protegem a infância e a juventude?"
Convidados: SINTEPP, Pastoral do Menor, Conselho Tutelar de Santarém, Ministério Público Estadual, Justiça da Infância e Juventude e Conselho Municipal de Educação.

Inscrições gratuitas pelos fones 9115-8086 ou 3522-8087. As inscrições também poderão ser feitas durante o evento. Carga horária da atividade: 04 horas, com direito à certificação.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Por Anderson Castro*
Antes de debatermos questões que dizem respeito aos impactos sócio-ambientais, precisamos desconstruir algumas inverdades ditas pelos grandes interessados em garantir que a Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte saia do papel, a saber, governo federal, empresas eletro-intenisivas, empreiteiras, dentre outros.
Para tal, é válido lembrar do tema “ENERGIA SIM, BELO MONTE NÃO!” usado em uma vídeo-matéria do Green Peace, onde os ativistas colocam um “Belo Monte de estrume”, na entrada principal do prédio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em Brasília (DF) durante o leilão das obras referentes a Belo “Monstro”, mostrando o que acham no que vai dar o referido projeto.
É notório que a população de nosso país necessita de energia, a exemplo de algumas cidades que, em pleno século XXI, não têm energia elétrica ou possuem fornecimento inadequado. Sem contar os recorrentes “apagões” que ocorrem nas grandes metrópoles, como o que ocorreu em novembro de 2009 deixando 10 (dez) estados brasileiros - entre eles São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná - sem fornecimento de energia elétrica.
Estes exemplos nos levam a pensar que é inevitável construir a UHE Belo Monte no rio Xingu na cidade de Altamira/PA e as Hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio no rio Madeira em Rondônia. Correto? LÓGICO que não. Ai você pode dizer que este artigo é fruto da cegueira militante de diversos ambientalistas e movimentos sociais que se colocam contra o desenvolvimento do Brasil. Se não conhecermos os reais interesses por trás da construção dessas obras faraônicas, perdemos o foco e iremos continuar a reproduzir essa conversa “fiada”.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) pediu nesta segunda-feira (18) o "fim do autoritarismo" na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), sediada em Santarém. Ela lembrou que quando a Ufopa foi criada, em 2009, com a incorporação dos campi da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), a população do oeste paraense comemorou, mas hoje, segundo a senadora, "há pouco a comemorar".
- O reitor pro tempore [temporário], professor José Seixas Lourenço, parece estar deslocado no tempo e reedita práticas comuns aos dirigentes de universidade à época do regime militar. Perseguições políticas e autoritarismo estão na pauta do reitor, galgado ao cargo graças a uma indicação do ministro [da Educação] Fernando Haddad - afirmou.
Marinor Brito disse que a comunidade acadêmica reivindica democracia, mas o reitor tem-se negado a discutir com a comunidade medidas para democratizar a gestão universitária. Ela informou que professores, funcionários e estudantes querem eleição direta para o cargo de reitor, constituição de um Conselho Universitário que represente os três segmentos da academia e discussão sobre a construção do restaurante universitário e da Casa do Estudante para abrigar alunos de municípios vizinhos.
- Solicito a imediata extinção dos processos administrativos que visam punir indevidamente alunos, funcionários e professores da Ufopa, bem como a imediata abertura de negociação acerca das propostas de democratização e discussão da atual estrutura acadêmica baseada no critério de ciclos - disse.

sábado, 16 de abril de 2011

A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) tem sido palco nos últimos tempos de acontencimentos marcantes, inesperados e até mesmo hilários. Por conta de um ato público do movimento estudantil ocorrido durante a aula magna da instituição no dia 18 de março, o Reitor pró-tempore José Seixas Lorenço baixou 3 portarias ameaçando punir estudantes, professores e técnicos que participaram da manifestação.
Após receber enorme pressão do movimento estudantil e da sociedade civil organizada*, que repudiaram publicamente a repressão política instalada na Universidade, o Reitor divulgou uma Carta aberta aos alunos da UFOPA afirmando que nenhum estudante será punido, pois os processos possuem apenas "caráter pedagógico e educativo, sem nenhuma intenção repressora ou punitiva" - declaração que, visivelmente, contradiz todas as declarações e documentos da Administração Superior divulgados logo após a manifestação do dia 18.
No entanto, o recuo efetuado pela Reitoria não chegou nem perto de desmobilizar o movimento estudantil, que foi às ruas novamente na última sexta-feira, dia 15 de abril, protestar contra os processos administrativos e a favor de uma profunda democratização da UFOPA. O ato público, que contou com aproximadamente 150 pessoas, partiu do hotel Amazônia Boulevard [batizado pelos estudantes de campus-hotel] e seguiu rumo ao prédio da Reitoria da Universidade, localizado no campus 1.
A intenção dos manifestantes era realizar uma audiência com representantes da Administração Superior para exigir a imediata extinção de todos os processos administrativos. Porém, mesmo tendo eles chegado ao campus 1 no horário de expediente (por volta das 17:30 horas), nenhum representante da Reitoria se fazia presente nas dependências da Universidade. Informantes do DCE afirmaram que o Sr José Seixas Lourenço já tinha pegado avião rumo à Brasília no início da tarde, como de costume. 
Como forma de repudiar a ausência e o autoritarismo do Reitor Seixas Lourenço, os estudantes elegeram de maneira simbólica um novo 'Reitor' para a UFOPA: o pinto Frangolino, que vem participando das manifestações e atividades do movimento estudantil desde a aula magna, ocasião em que provocou a ira do corpo dirigente da Universidade mas ganhou a simpatia da grande massa estudantil. Como vice-reitor simbólico, foi eleito um estudante fantasiado de palhaço. (Vários estudantes também usaram narizes de palhaço durante o ato público, em protesto às "palhaçadas" da Reitoria).
Também de forma simbólica, os manifestantes queimaram cópias das portarias e notificações dos processos administrativos que pesam sobre mais de 40 estudantes, sobre um professor e que pesará sobre alguns técnicos, cuja quantidade ainda é desconhecida. [De acordo com a última declaração do Reitor, apenas funcionários e professores receberão punição da Direção da Universidade].
Logo após, teve início uma grande Assembléia da comunidade acadêmica da UFOPA, que discutiu os rumos do movimento de luta por democracia na instituição. Presidida pelo novo 'Reitor' da Universidade, o pinto Frangolino, a Assembléia contou com a intervenção de vários professores que repudiaram o autoritarismo reinante na UFOPA com a gestão Seixas. O modelo acadêmico de ciclos adotado este ano pela Universidade também foi tema de discussão na Assembléia.
Mais uma vez o movimento estudantil deu um show de democracia à Universidade e à própria sociedade santarena. E os diretores do DCE/UFOPA deixam claro que as manifestações continuarão, enquanto perdurarem os processos contra estudantes, professores e técnicos e enquanto não for instalado na UFOPA um processo democrático pleno, com eleições diretas para Reitoria e Conselhos deliberativos que contemplem de maneira paritária as 3 categorias comunidade universitária.
A campanha por um regime democrático na UFOPA vem mostrando cada vez mais força e mobilizando cada vez mais pessoas, entidades e organizações. Na próxima semana, o DCE organizará um "twitaço" exigindo #ForaSeixas, bem como um abaixo-assinado pela imediata extinção de todos os processos administrativos.
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*Até mesmo a vice-reitora Raimunda Monteiro tirou a sua ‘casquinha’, divulgando uma Mensagem à comunidade acadêmica em que critica a falta de democracia na atual gestão.

** Fotografias: Romulo Serique e Ramon Santos.
Iniciam no dia 15 de maio de 2011 as atividades da Rede Emancipa - Movimento Social de Cursinhos Populares - na cidade de Belém/PA. Professores, estudantes, ativistas políticos e militantes do coletivo Romper o Dia! são os responsáveis pela organização do Cursinho Popular em Belém, que se desenvolverá na Escola Amilcar Alves Tupiassu, no bairro da Cremação.
A Rede Emancipa é um movimento social de cursinhos pré-universitários populares que luta pelo direito à universidade para todos, principalmente para o estudante da escola pública. Fundada na cidade de São Paulo em 2007, a Rede já conta com doze cursinhos no estado de São Paulo e vem inaugurando unidades em Porto Alegre (RS), Distrito Federal e Belém (PA), proporcionando mais de 1300 vagas para alunos de baixa renda.
Com uma equipe de mais de 150 professores e coordenadores, a Rede Emancipa atua com um projeto político-pedagógico que vai além do ensino para o vestibular. "Trabalhamos com o potencial emancipador da educação, do que está presente no cotidiano e na vida do estudante, e para ampliar e diversificar seu universo cultural. O cursinho é local onde os alunos compartilham e constroem conhecimentos que enriquecem suas visões de mundo e os instigam a serem sujeitos sociais ativos e criativos na sociedade" - afirmam os seus organizadores.
Dessa forma, o foco principal do movimento de cursinhos populares é a luta por uma verdadeira democratização do acesso à universidade e por uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Já há um grupo de professores interessados em construir a Rede Emancipa em Santarém/PA, de modo a proporcionar à juventude das periferias melhores condições para ingressar nas Universidades instaladas na cidade.
Entre em contato com o grupo e contribua com essa idéia.
- Maike Vieira: maikevieira@hotmail.com
- José Kennedy: jknapaz@gmail.com

Foi empossada no dia de ontem (15/04/2011) a nova gestão do Diretório Central dos Estudantes da UEPA. O processo eleitoral se deu no dia 06 de abril e contou com uma expressiva participação dos acadêmicos da instituição. A chapa 1, denominada "A UEPA que queremos", obteve 1199 votos e a chapa 2, "Todas as Vozes", contou com o apoio de 1511 estudantes. Sendo assim, a chapa 2 teve direito a 15 cargos na diretoria do DCE, ao passo que a chapa 1 conseguiu 12.
No campus de Santarém, a chapa Todas as Vozes, que contou com o apoio da diretoria da UES e do Centro Acadêmico de Medicina, teve uma expressiva vitória, recebendo 218 votos, contra 53 da outra chapa.
A diretoria Todas as Vozes tem na sua coordenação geral, além das acadêmicas Alice Pinto Pacheco e Juliana Rodrigues, o estudante de Medicina Jackson Uchoa, do campus de Santarém, o que representa um fato inédito: pela primeira vez um estudante de Santarém ocupa a coordenação geral do DCE da UEPA. Além dele, Divana Maia, acadêmica de Enfermagem de Santarém que integrou a chapa 1, assumiu uma das diretorias de interiorização do DCE.
Parabenizamos todos os estudantes da UEPA pelo processo democrático que protagonizaram e desejamos uma excelente gestão à diretoria Todas as Vozes, que tem um grande desafio pela frente: impulsionar o movimento estudantil nos 16 campi da Universidade do Estado do Pará.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fotografia: Ramon Santos
Em Assembléia Geral realizada ontem (13/04) na UFOPA, que contou com expressiva participação de estudantes, funcionários, professores e movimentos sociais, foi aprovada por unanimidade a proposta do DCE de estado de mobilização intensa. Ou seja, os próximos dias e semanas serão marcados por vários atos públicos em protesto à repressão política implantada pela Reitoria pró-tempore da Universidade.
A primeira manifestação já está marcada: será na próxima sexta-feira - dia 15 de abril de 2011, com concentração a partir das 16 horas em frente ao hotel Amazônia Boulevard, partindo em direção ao campus 1 da UFOPA, situado na Av. Marechal Rondon. Foi aprovada também a proposta de uma abaixo-assinado para coletar assinaturas de estudantes, professores, técnicos e da sociedade. 
O clima de indignação e repúdio às dezenas de processos administrativos instaurados pelo Reitor Seixas Lourenço é quase unânime na comunidade acadêmica e na sociedade civil organizada. O Prof. Luiz Fernando França assinalou que, em Assembléia Geral da categoria, os docentes da UFOPA decidiram por enviar um documento à Reitoria requerendo a invalidação das portarias que iniciaram os referidos processos. O servidor Eric Braga, por sua vez, afirmou que os técnicos-administrativos da Universidade, reunidos em Assembléia, também firmaram posição contrária aos processos administrativos.
As entidades estudantis presentes na Assembléia do dia 13 [UES e DCE/UFOPA] dispararam categoricamente: há um processo ditatorial instalado na Universidade Federal do Oeste do Pará.  "Não há fundamento jurídico razoável para a instauração de tais processos. O que existe é uma clara perseguição política a todos aqueles que contestam a atual gestão estabelecida na UFOPA. E isso é inadmissível numa Universidade pública, instituição cuja principal missão é produzir e difundir conhecimento crítico e voltado à resolução dos problemas da sociedade" - afirmou Ib Tapajós, coordenador da UES.
Além da comunidade acadêmica, participaram do evento várias entidades, movimentos sociais e sindicatos da região, como a Frente em Defesa da Amazônia (FDA), o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (SINTEPP), Sindicato dos Professores de Santarém (SINPROSAN), Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (SINTSEP), dentre outros. Todos unânimes em se opor ao regime tirano em vigor na UFOPA.
A luta por DEMOCRACIA continua!
Confira no "Mais informações" o manifesto distribuido pelo DCE na Assembléia.
Os participantes do seminário “Energia e desenvolvimento: a luta contra as hidrelétricas na Amazônia”, após ouvirem professores e pesquisadores de importantes universidades afirmarem que Belo Monte não tem viabilidade econômica, pois vai produzir somente 39% de energia firme, 4,5 mil MW dos 11 mil prometidos. Afirmarem ainda que a repotenciação de máquinas e equipamentos e a recuperação do sistema de transmissão existente poderiam acrescentar quase duas vezes o que esta usina produziria de energia média, investindo um terço do que se gastaria na construção de Belo Monte.
Após ouvirem o procurador do MPF falar sobre a arquitetura de uma farsa jurídica: falta de documentação, oitivas indígenas que nunca existiram, licenças inventadas e ilegais, estudos de impacto incompletos e que não atendem as exigências sociais, ambientais e da própria legislação.
Após ouvirem o povo akrãtikatêjê (Gavião da montanha), relatando a luta que até hoje travam contra a Eletronorte, que os expulsou de suas terras quando a hidrelétrica de Tucuruí começou a ser construída, tendo sua cultura seriamente ameaçada, enfrentando doenças e problemas sociais que antes não conheciam. Mostrando que sua luta já dura mais de 30 anos, e que até hoje não conseguiram sequer direito a uma nova terra.
Após ouvirem os movimentos e organizações sociais denunciarem que os povos do Xingu, agricultores, ribeirinhos, pescadores, indígenas, extrativistas, entre outros grupos, estão sendo criminalizados e simplesmente ignorados. Situação reconhecida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, que solicitou ao governo brasileiro que pare a construção de Belo Monte enquanto os povos indígenas não forem ouvidos.
Após verem os exemplos históricos dos grandes projetos na Amazônia, inclusive exemplos mais recentes como o das hidrelétricas no rio Madeira, onde foi verificado desde o não cumprimento dos direitos trabalhistas, até mesmo trabalho escravo, levando os trabalhadores a se rebelarem contra a opressão que vinham há muito tempo sofrendo.
Afirmam que a UHE Belo Monte não tem nenhuma sustentabilidade social, econômica, ambiental, cultural e/ou política, por isso representa uma insanidade.
Afirmam que o governo brasileiro trata hoje Belo Monte de forma obsessiva, irracional, movido unicamente pela necessidade de atender a interesses políticos e econômicos, em especial os das grandes empreiteiras.
Afirmam que é possível impedir a construção da UHE Belo Monte, defendendo os rios, a floresta, as populações rurais e urbanas, a vida na Amazônia, no Brasil e no mundo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

No blog Língua Ferina:

Uma grande assembleia da comunidade universitária e de movimentos sociais ocorrerá nesta quarta-feira, 13 de abril de 2011, a partir das 18h no campus 1 da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Aprovada numa reunião ampliada do Diretório Central dos Estudantes na última segunda-feira, o evento representa um basta ao processo de perseguição política desencadeado pelo reitor nomeado pelo MEC, Seixas Lorenço e sua trupe.
Já são mais de quarenta estudantes processados, mais um professor e dois técnicos administrativos. O clima de indignação tomou conta dos campi e já se espalha pela cidade. Diversas entidades já enviram moções de repúdio ao reitor e de solidariedade aos perseguidos.
A Assembléia é aberta a todos(as) que quiserem participar.
Não é de hoje que os movimentos populares e estudantis dizem que a UFOPA pode se tornar um espaço de controle de um grupo de pessoas que nada contribuem para a qualidade do ensino público universitário na Amazônia. A Frente em Defesa da Amazônia, movimento popular que participou de toda discussão sobre a criação da UFOPA na Comissão Popular, vem através deste manifestar seu REPÚDIO a todos os atos praticados por esta reitoria que vem perseguindo de maneira vergonhosa e covarde professores, técnicos e estudantes que se posicionam contrários a todo o processo de implementação da universidade que segue os padrões ditatoriais, empurrando goela abaixo um modelo que só atende os interesses de pessoas oportunista, que encoleirados levam a universidade pública à desmoralização.
Os atos ditatórios, praticados pela reitoria e por aqueles que se rendem aos seus mandos, tem revelado para alguns e confirmado para outros a verdadeira intenção daqueles que acabaram sendo colocados para ocupar os cargos de coordenação da UFOPA. A medida que estudantes, professores e a sociedade vão percebendo os atos pútridos daqueles, o desespero chega e os atos, que em pouco se diferenciam daqueles praticados na ditadura militar, são executados de maneira descarada.
É totalmente inadmissível perseguição a professores, técnicos e alunos que reivindicam apenas uma universidade de qualidade e não aceitam uma universidade onde o reitor compra um carro de luxo, hospeda-se em um hotel caro, com diárias pagas com dinheiro públicos, nas poucas vezes que vem a Santarém, enquanto o estudantes tem instalações precárias e não conseguem desenvolver o que a UFOPA deveria oferecer: Ensino, Pesquisa e Extensão. Estes indivíduos, que determinam as regras da nossa universidade conforme seus próprios interesses têm levado o nome da Universidade Federal do Oeste do Pará ao ridículo, servindo de chacota e piadas.
A UFOPA é NOSSA e não devemos permitir que um grupo de mal feitores permaneçam a frente dela, pois precisamos reconstruir a estima que NOSSA universidade merece. Não deveremos em nem um momento vacilar diante do inimigo. Precisamos lutar com firmeza contra os mesmos até que sejam arrancados, como se faz com os parasitas.
Santarém, 13 de abril de 2011.

FRENTE EM DEFESA DA AMAZÔNIA (FDA)
 
* Nota publicada originalmente no Portal da FDA.

terça-feira, 12 de abril de 2011

ERESS 2011
Encontro Regional de Estudantes de Serviço Social

TEMA: OS IMPACTOS DOS PROJETOS NEOLIBERAIS PARA A AMAZÔNIA E OS DESAFIOS DOS ASSISTENTES SOCIAIS.
LOCAL: CEULS/ULBRA - Santarém/PA.
DATA: 05 de maio de 2011 a 08 de maio de 2011.
Clique no 'Mais informações' para conferir a Programação

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Confiram abaixo nota oficial do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Pará, entidade histórica de luta do movimento estudantil paraense, em repúdio à Ditadura instalada na UFOPA.

É com preocupação que recebemos as notícias dos últimos acontecimentos na Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA. O povo brasileiro aprendeu o valor da democracia e compreende que as Universidades devem ser o campus máximo da sua experimentação. Contraditoriamente é onde o processo democrático se instala a passos lentos. E não são poucos os exemplos: Lei dos 70% para os Conselhos Superiores; Lista Tríplice para eleição da Reitoria; Reitor pro tempore etc.
Nossa tradição de luta na UFPA em defesa da consolidação da democracia não permite que aceitemos como normal a abertura de processo administrativo contra um docente e de sindicância para investigar quais são os estudantes envolvidos na manifestação legítima realizada no dia 18 de fevereiro de 2011, durante a Aula Magna da UFOPA. Esse procedimento da reitoria, adotado para punir, além de ser chocante deixa claro o despreparo dos seus dirigentes.
A diretoria do DCE/UFPA repudia toda e qualquer tentativa de criminalizar aqueles que lutam. É natural do nosso povo a iniciativa de organização a fim de superar os que pensam que o poder tem dono. O poder sempre estará em disputa e não se admitirá mordaças, principalmente no âmbito de uma instituição que tem a tarefa principal de formar massa crítica e com isso transformar a região do Oeste do Pará. Abaixo a ditadura na UFOPA!
DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES DA UFPA

* Contatos do DCE da UFPA: dce@ufpa.br, rafaelsalsa18@yahoo.es.
Em encontro realizado na cidade de Santarém nos dias 09 e 10 de abril de 2011, 14 entidades do movimento social do baixo amazonas aprovaram uma Carta aberta dirigida à Reitoria da UFOPA repudiando a atitude do Reitor Seixas Lourenço em instaurar processos administrativos para punir estudantes, professores e técnicos envolvidos em manifestação ocorrida na aula magna do dia 18 de março.
Confira o documento na íntegra:

CARTA ABERTA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DO BAIXO AMAZONAS À REITORIA DA UFOPA
A criação da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), oficializada em novembro de 2009, representou um grande avanço para nossa região. A instalação de uma Universidade com sede numa cidade do oeste paraense é uma demanda histórica da sociedade e dos movimentos sociais. Nosso povo e nossa juventude precisam de formação acadêmica para promoção do desenvolvimento econômico, social, cultural e humano da região do Baixo Amazonas.
Entretanto, os rumos que a UFOPA vem tomando são preocupantes. Administrada por Seixas Lourenço, um Reitor Pró-Tempore indicado pelo MEC, a UFOPA nunca abriu espaço verdadeiramente democrático para discussão e deliberação com os movimentos sociais. Os poucos eventos realizados, audiências e seminários, representaram uma “democracia de fachada”, em que a opinião dos movimentos não era levada em consideração. Quem batia o martelo era sempre o Reitor e sua equipe.
Por outro lado, a nova Universidade escancara suas portas às grandes empresas multinacionais que exploram os recursos naturais da nossa região. Prova disso é o convênio firmado com a ALCOA, mineradora que atua no município de Juruti, extraindo bauxita e deixando migalhas ao nosso povo. Afinal de contas, a quem serve a UFOPA? Aos pequenos ou aos grandes?
Foi dentro desse contexto que os estudantes da UFOPA, organizados pelo Diretório Central dos Estudantes e pela União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém (UES), realizaram durante a aula magna do dia 18 de março de 2011 um ato público exigindo democracia na Universidade, através da abertura de um processo de eleições diretas para a Reitoria (Diretas Já!).
Já no dia 19 de março, em resposta a essa legítima manifestação, o magnífico Reitor instaurou um processo administrativo disciplinar contra o Professor Gilson Costa e duas sindicâncias para apurar quais eram os estudantes e técnicos envolvidos no “ato irregular”. Recentemente, após a identificação dos manifestantes, foram instaurados dezenas de processos administrativos contra estudantes, visando puni-los por ousarem desafiar os donos do poder.
Os movimentos sociais do baixo amazonas repudiam essa atitude autoritária da Reitoria da UFOPA, que, ao invés de abrir canais de diálogo com os setores descontentes, prefere puni-los. Ocorre que no Brasil é livre a expressão do pensamento, conforme prevê a Constituição de 1988, em seu art. 5º, inciso III. Portanto, os processos da Reitoria contra estudantes, professores e técnicos são ilegais, ilegítimos e imorais – um verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito.
A UES comunica a todos os estudantes de Santarém que, devido a alguns problemas organizativos ocorridos nas últimas semanas, o 3º módulo do Circuito Universitário de Seminários e Debates, que iria ocorrer nos dias 13 e 14 de abril no auditório do IESPES, teve de ser adiado.
Ainda não temos uma nova data definida. Todavia, esta definição ocorrerá em breve e, quando estiver tudo confirmado, daremos ampla divulgação ao evento.
Contamos com a compreensão de todos.
Santarém/PA, 11 de abril de 2011.

UNIÃO DOS ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR DE SANTARÉM - UES
Começa hoje (11/04) e vai até o dia 17/04 a I Semana dos Povos Indígenas, que acontecerá no campus Rondon da UFOPA. O evento tem como objetivo promover ampla discussão sobre a história, a diversidade cultural, a realidade dos povos indígenas, suas reivindicações e questões que colocam para a sociedade. Ao mesmo tempo, quer proporcionar à comunidade acadêmica da UFOPA um contato mais próximo e trocas variadas com os indígenas da região oeste do Pará. Porém a participação do público externo ao ambiente acadêmico, especialmente os próprios indígenas, é desejada e será estimulada através de divulgação prévia do evento.
A programação é variada e inclui mesas redondas, oficinas, mini-cursos, exposição de fotografias, de livros e cultura material indígena e mostra de filmes, apresentando as diferentes faces dos povos indígenas e as diversas questões a eles relacionadas. Os movimentos indígenas locais foram convidados a participar na elaboração da programação, e alguns indígenas vão colaborar nas várias atividades propostas.
Clique no "Mais informações" para verificar a programação do evento.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Caros estudantes, o dia 6 de abril de 2011 é uma data de grande relevância para o corpo estudantil da Universidade do Estado do Pará. Nesse dia, ocorrerão as eleições do Diretório Central dos Estudantes da UEPA – entidade máxima de representação dos acadêmicos dessa instituição de ensino.
A participação de todos os acadêmicos no processo eleitoral é imprescindível para aprimorar a democracia no movimento estudantil da UEPA. A maioria dos avanços e melhorias que queremos para a Universidade só é possível com a mobilização do corpo discente, que deve estar organizado para reivindicar suas principais demandas. E o DCE é um sujeito fundamental nesse processo, já que sua missão é representar e defender os interesses de todos os estudantes frente à Administração Superior (Reitoria/Pró-reitorias).
Nesse processo eleitoral, que conta com a participação de duas chapas, estão em jogo os rumos do movimento estudantil da UEPA. A UES, como entidade representativa dos universitários de Santarém, vem se posicionar publicamente sobre o processo em curso. Nós temos um lado nessa disputa: defendemos a CHAPA 2 – TODAS AS VOZES. Por vários motivos.
Em primeiro lugar, porque a UES possui total acordo com o programa da chapa Todas as Vozes, que defende uma Universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Na UEPA, isso implica em várias ações, como: a) lutar contra o corte de verbas do governo do estado; b) se opor à redução de vagas no vestibular; c) defender mais incentivos à pesquisa e à extensão, com a ampliação do número de bolsas aos estudantes; d) lutar pela construção de mais Restaurantes Universitários, especialmente nos campi do interior; e) realizar uma campanha pela construção de moradias estudantis. [Na UEPA/Santarém, a construção de uma Casa do Estudante é uma necessidade inadiável, uma vez que muitos estudantes são provenientes de outros municípios].
Em segundo lugar, porque a chapa 2 é o grupo que possui as melhores condições para defender de maneira firme e consequente as principais demandas do estudante da UEPA, tendo em vista a profunda coerência existente entre o programa da chapa e a atuação prática de seus integrantes no dia-a-dia do movimento estudantil.
Por fim, apoiamos Todas as Vozes em virtude da relação histórica de confiança e companheirismo que o movimento estudantil santareno possui com os integrantes da referida chapa. Em virtude dessa relação, temos certeza de que, estando à frente do DCE, os integrantes da chapa 2 se pautarão, acima de tudo, na defesa dos interesses do corpo estudantil da Universidade. Dessa forma, o DCE/UEPA será um importante aliado nas nossas lutas em Santarém.
Representar TODOS os estudantes, respeitando e dialogando com a diversidade de idéias existente no corpo discente da instituição, é o que se espera de uma entidade tão importante como o Diretório Central dos Estudantes.
Por um DCE dos estudantes, que leve em consideração TODAS AS VOZES ecoadas na UEPA, manifestamos nosso integral apoio à CHAPA 2.

UNIÃO DOS ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR DE SANTARÉM (UES)

* Clique AQUI para conferir o programa e as propostas da chapa 2 - Todas as Vozes.
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