quarta-feira, 29 de junho de 2011

O governo brasileiro acaba de dar luz verde à construção da terceira maior central hidrelétrica do mundo, no meio da Amazônia. Porém, o controvertido projeto Aproveitamento Hidroelétrica (AHE) Belo Monte não produzirá "energia barata e limpa" como se diz oficialmente.
Foi o que afirmou na Suíça a ambientalista brasileira Telma Monteiro. “Ao contrario, causará impactos sociais e ambientais que jamais poderão ser mitigados ou compensados”, adverte Telma Monteiro, ambientalista brasileira que participou da discussão A fome de crescimento do Brasil coloca em risco a sobrevivência da Amazônia e dos povos indígenas? As discussões ocorreram em Basileia, Zurique e Berna.
Com Belo Monte pretende-se produzir 11.233 MW de energia elétrica com as águas do rio Xingu, afluente do Amazonas. Ás águas serão represadas em dois lagos artificiais com superfície de 668 Km2, equivalente ao lago suíço de Constança. Será a maior hidrelétrica em território nacional, já que Itaipu é binacional.
Segundo o governo brasileiro, 20 mil pessoas serão reinstaladas em Altamira. “Se calculamos os danos, ignorados nos processos, de expropriação e privatização, não será possível pagar a fatura de eletricidade”, afirma Telma Monteira, convidada a vir à Suíça pela Associação para os Povos Ameaçados (APA).
A ativista explica que 50% da bacia hidrográfica do Xingu fica no estado do Pará e 50% em Mato Grosso. “Cerca de 80% das águas serão desviadas por um canal artificial estreito para uma represa, o que significará que o curso d’água será limitado em uma distância de 100 km em Volta Grande, onde se encontra o grande arco do rio Xingu”.
No blog SOS Bombeiros:

Nesta terça-feira, conquistamos a ANISTIA ADMINISTRATIVA de todos os militares envolvidos no movimento por dignidade do bombeiro militar. A anistia contempla todos os miliatares presos, inclusive os PMs, e garante anistia para punições aplicadas desde abril, quando o movimento chegou às ruas. O projeto de lei que concede ANISTIA ADMINISTRATIVA foi aprovado por unanimidade pelos deputados presentes, já às 20h, com as galerias da Casa ocupadas por bombeiros e familiares. O projeto segue para a sanção do governador (PL n. 664/11).
Houve uma manobra para que os deputados que desde a primeira hora apoiaram e defenderam os bombeiros fossem IMPEDIDOS de assinar o projeto de lei. QUEM SÃO ELES: Janira Rocha, Marcelo Freixo, Flávio Bolsonaro, Clarissa Garotinho, Luiz Paulo, Paulo Ramos, Lucinha, Altineu Cortes, Marcio Pacheco, Comandante Bittencourt, Miguel Giovani e Wagner Montes. Não precisamos de assinatura no projeto de lei, sabemos muito bem quem está do nosso lado!!!
Na ALERJ hoje também foi aprovada a proposta do governo para antecipação das parcelas do reajuste de 5,5% (já previsto para este ano - Projeto de Lei 571/11) e a proposta de uso de 30% do Funesbom para finalidades como pagamento de gratificações (projeto de lei 595/11). Os deputados que nos apoiam prepararam várias emendas que atenderiam as reivindicações feitas desde abril (salário básico de 2 mil reais, fim das gratificações e vale transporte), mas em votação hoje estas emendas não foram aprovadas pela Assembleia!!!! POR ISSO, A MOBILIZAÇÃO PELA DIGNIDADE CONTINUA! SALÁRIO DIGNO, FIM DAS GRATIFICAÇÕES DISCRIMINATÓRIAS! VALE TRANSPORTE!
Amanhã, os heróis que estão em Brasília rumam para a Câmara dos Deputados, onde estamos batalhando pela ANISTIA CRIMINAL!! O Projeto de Lei que concede a anistia criminal foi aprovado no Senado na semana passada, mas ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e seguir para sanção presidencial.
JUNTOS SOMOS FORTES!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Há cerca de uma semana, nós, cidadãos de bem deste município, integrantes de mais de mil famílias sem moradia, voltamos a ocupar a área do lado direito (de quem vai ao aeroporto) da Fernando Guilhon. A área está em disputa na justiça num processo que tem de um lado a prefeitura e a família Corrêa (esta última sem conseguir provar que detém a propriedade da terra) e, de outro, homens, mulheres, crianças e idosos que sonham com o direito de ter onde morar.
Voltamos à área, onde vivemos precariamente em um grande alojamento coberto de lona, durante as festas comemorativas do aniversário de Santarém. Sabíamos que, nesse momento, não seríamos alvo de repressão policial, afinal, não seria interessante tornar público que, mesmo com 350 anos de existência e com grandes extensões de terras, nenhum governo até hoje foi competente o suficiente para resolver um problema básico da nossa gente que é a questão da moradia.
Fazemos parte de um movimento por moradia que nasceu da nossa própria necessidade, por isso, reunimos aqui famílias que sofrem com o fenômeno de terras caídas em comunidades de várzea; famílias que não têm mais como continuar reféns de altos alugueis; famílias que dividem o mesmo teto com pais, mães, sogros e sogras, sem dispor de privacidade; idosos que mesmo estando no final da vida não alcançaram a graça de usufruir da casa própria. É claro que todos nós gostaríamos de poder comprar nossas casas, sem precisar correr da polícia como criminosos, porém, dentro do modelo político-econômico-social vigente isso é privilégio de poucos.

sábado, 25 de junho de 2011

Por Rodolfo Mohr*
Há quem proclame o fim do Movimento Estudantil. Aquele bom e velho conjunto de estudantes que deixavam suas diferenças de lado e lutavam por um país melhor. Os estudantes brasileiros, através da União Nacional dos Estudantes (UNE), estiveram na campanha do “Petróleo é Nosso” na década de 1950. Fomos linha de frente no combate à ditadura militar. Comparecemos desde a primeira manifestação das Diretas Já nos anos 1980. Empunhamos a bandeira do impeachment de Collor com as caras pintadas em 1992. Porém, onde estiveram os estudantes durante todos os outros anos deste último século?
O Movimento Estudantil, como qualquer movimento social, possui diferenças internas. Entre um período e outro de visibilidade e transcendência das pautas meramente educacionais, passamos por longos processos de organização e debate.
A democracia que os estudantes brasileiros ajudaram a forjar, trouxe outros desafios e possibilidades. Não somos o único movimento para os jovens que lutam pelas transformações. A retomada da democracia em nosso país permitiu a proliferação de diversas novas formas de organização livre.
A conquista do pluripartidarismo permitiu também aos estudantes a unificação com outros ativistas em partidos políticos que disputassem a sociedade, ou seja, saímos literalmente da clandestinidade.
Durante o Fora Collor, muitos setores estudantis tinham propostas distintas sobre o que fazer após o impeachment. A diferença entre momentos como este e o que vive os estudantes da PUCRS é a democracia. Em todos os momentos citados, tivemos disputas de opinião canalizadas em eleições, assembleias e plebiscitos. Na PUCRS, dos últimos 20 anos, os estudantes viraram reféns de outros estudantes. Agora, estamos diante da queda do Muro de Berlim da PUCRS, graças à mobilização dos estudantes, ávidos por democracia.
Estamos às vésperas do 52º Congresso da UNE. Em Goiânia, milhares de estudantes disputarão o projeto de país que a UNE deve defender. Defenderemos os 10% do PIB para a Educação, o combate à corrupção, a solidariedade aos bombeiros do Rio de Janeiro e contra o novo Código Florestal. Infelizmente, a direção majoritária da UNE abandonou sua autonomia frente aos governos petistas, dando eco às críticas que o Movimento Estudantil recebe. Cabe aos estudantes, da UFRGS, da PUCRS e de todo o Brasil, retomarem a UNE para o curso de um projeto de Brasil independente, justo socialmente e soberano.
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* Rodolfo Mohr é coordenador de Movimento Estudantil do DCE/UFRGS
** Texto publicado originalmente no site Sul 21.

sexta-feira, 24 de junho de 2011


Texto de Felipe Bandeira*

Na última quarta-feira (22 de junho), dia do aniversário de Santarém, estudantes promoveram uma pequena mas barulhenta manifestação contra a situação de abandono da "Pérola do Tapajós". Vozes indignadas embaladas pela eloqüência juvenil exclamavam em alto e bom som a palavra de ordem “Fora Maria!”. O ato contou com a presença de aproximadamente 100 pessoas, a maioria jovens estudantes secundaristas do colégio Santa Clara.
Os manifestantes concentraram-se durante a tarde em frente ao prédio da Prefeitura, e por volta das 18:30h, saíram em passeata direcionados à orla da cidade. Nas ruas de Santarém, os indignados santarenos denunciavam a péssima situação dos serviços públicos da cidade, como educação, saúde, transporte e infra-estrutura. No percurso, muitas pessoas que passavam em seus carros, ou mesmo homens e mulheres que corriam curiosos para a frente das suas casas, manifestaram apoio ao movimento.

Ao chegar à Orla da cidade, os manifestantes foram duramente reprimidos por seguranças da prefeita Maria do Carmo. Socos, pontapés e empurrões foram distribuídos a varejo aos que reivindicam um mínimo de comprometimento e respeito com os cidadãos santarenos. "Não é de agora que somos reprimidos com violência por essa prefeita", afirmou um líder sindicalista que também acompanhava o movimento.
Apesar de tudo, os gritos de protesto se intensificaram. Ao final do ato público, os estudantes – alguns machucados - saíram convictos da importância do movimento e da organização estudantil para lutar por melhorias em Santarém e contra os abusos dos donos do poder. A onda de protestos deve prosseguir nos próximos dias e semanas. A próxima ação dos indignados santarenos deverá ocorrer em frente ao Ministério Público, órgão no qual os estudantes apresentarão uma série de pautas a serem executadas pelo poder público municipal.
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* Felipe Bandeira é diretor do DCE-UFOPA e militante do coletivo Romper o Dia!
# Fotos extraídas do blog Quarto Poder.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Confira a seguir a tese vencedora do I Congresso dos Estudantes da UFOPA. Apresentada pelo coletivo Romper o Dia!, a tese denominada Juventude em Luta foi aclamada pelos delegados do CONEUFOPA e passou a ser, então, a tese oficial do Congresso, representando o acúmulo de debates ocorridos durantes os dias 17, 18 e 19 de junho.

      JUVENTUDE EM LUTA!
Tese do Coletivo Romper o Dia! para o I Congresso dos Estudantes da UFOPA
Eles não nos deixam sonhar. Não os deixaremos dormir!
Caros estudantes, o I CONEUFOPA é um momento de grande relevância ao corpo discente da nossa Universidade. Precisamos utilizá-lo como espaço de discussão e construção de estratégias para o movimento estudantil, que sejam compatíveis à necessidade de resolução dos nossos desafios do dia-a-dia. Este Congresso deve armar a nossa intervenção pela Universidade que queremos, uma UFOPA pública e popular, que contribua para mudar a realidade dos povos da Amazônia.
Nesse sentido, o coletivo Romper o Dia! (Pólo de Santarém) apresenta sua tese aos estudantes da UFOPA, visando contribuir na construção coletiva do movimento estudantil. Como a situação da nossa Universidade não pode ser compreendida isoladamente, expomos abaixo nossa análise da situação internacional, nacional e local, dando ênfase à realidade da educação superior, bem como às lutas da juventude.
Queremos contribuir JUNTOS um movimento estudantil autônomo, combativo, contestador e profundamente democrático. Vem conosco!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Marcha da Liberdade em São Paulo
Texto adaptado de Rodolfo Mohr*
O dia 18 de junho de 2011, o 18J, já é um feito histórico das lutas sociais do nosso país. Nele, em 40 cidades, aproxidamente 50 mil brasileiras e brasileiros estiveram na Marcha da Liberdade - movimento que surgiu como um contraponto à repressão policial à Marcha da Maconha em São Paulo. Essa segunda jornada de atos pela liberdade se nacionalizou.
Marcha em Porto Alegre
Ouvimos nas capitais e em várias outras cidades os gritos por liberdade de expressão, por liberdade de organização, por liberdade de manifestação. Liberdade. Democracia. Muita gente deve ter estranhado. Essa gurizada toda querendo o que a gente já tem? Pois é. Nas ruas de Porto Alegre, muita gente parou para nos olhar. Era dia de Passe Livre nos ônibus. Direito mensal que é muito boicotado. Poucos ônibus, muitas filas, muita espera, muita gente apertada. Foram centenas de pessoas comuns marchando e clamando democracia dianta de tantas outras centenas de pessoas comuns. Houve uma troca de identidade muito forte. Muitos dos que olhavam, pegaram seus celulares para fotografar e filmar. Levar sua parte da Marcha para casa.
Unimos muitas pautas, muitos movimentos, partidos políticos e gente que não curte partido nenhum. Nossa luta interna era para todo mundo se respeitar, cultivar diversidade, colher democracia. Nossa luta para fora era derrubar os muros dos ouvidos, plantar diálogo, colher outro futuro.
Marcha em Belém
Marchamos em Porto Alegre, São Paulo, Rio, BH, Floripa, Salvador e em mais uma pá de cidade. No dia 19, a Marcha ocorreu em Belém/PA. Nas marchas, conhecemos gente que nem no Facebook conhecíamos. Inserimos o Brasil na nova era. Um tempo de luta por democracia real.
A história andou mais rápido essa semana. O novo mundo parece quem tem pressa para nascer. A Grécia novamente conflagrada, a beira de novo colapso econômico, teve centenas de milhares nas ruas. O surpreendente Supremo Tribunal Federal legalizou a apologia ao debate, a manifestação pública de quem quer descriminalizar a maconha. Aqui no RS, emparedamos a microditadura do DCE da PUCRS.
Amanhã, 19/06/11, de Madrid para toda a Europa. Os indignados do 15M e da Democracia Real Ya! mais fortes do que nunca. E no meio de tanta diversidade, caminhando, vimos muita identidade. Entre nós mesmos, entre a Marcha e o povo, entre a rua e a luta. Apenas começamos!
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* Rodolfo Mohr é estudante de Jornalismo, membro do DCE da UFRGS e militante do Juntos!
# Texto extraído da página do Jornal Juntos!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Uma quadrilha junina com o povo na roça assistindo ao casamento de Mônica Pinto e Domingos Juvenil. Esse será o enredo do protesto que estudantes da UEPA e da UFPA promovem nesta quinta-feira, 16, a partir das 10 horas, em frente à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A manifestação irreverente é a forma que os estudantes encontraram para denunciar o esquema de corrupção na Alepa e exigir a punição dos envolvidos nas fraudes.
Se na vida real, os principais responsáveis pelo esquema de corrupção ainda não foram presos, no protesto estudantil, a festa junina encerrará quando manifestantes vestidos de policiais prenderem toda a quadrilha em pleno “casamento na roça” da ex-chefa da seção de pagamento da Alepa com o ex-presidente do Legislativo Estadual. “Com bom-humor, queremos chamar a atenção da população paraense de que precisamos intensificar a pressão para que o pedido de CPI seja aprovado e que os corruptos fiquem na cadeia”, afirma o estudante da UFPA e coordenador do movimento Juventude em Luta (Juntos), Anderson Castro.
Segundo o coordenador-geral do DCE da UFPA, Rafael Saldanha, durante o protesto, as pessoas que passarem pelo local serão convidadas a entrar na dança e “não ficar apenas na roça, assistindo a festa com o dinheiro público que vem sendo feita na Alepa desde a década de 90”. De acordo com o dirigente do DCE, a prisão hoje, 15, de alguns envolvidos no escândalo de corrupção ainda é pouco. “É preciso chegar aos verdadeiros chefões dessa máfia, que são aqueles que presidiram a Assembleia Legislativa e compactuaram com essa fraude”, afirma Saldanha.
A coordenadora-geral do DCE da UEPA, Juliana Rodrigues, afirma que o protesto irreverente pretende, ainda, chamar a atenção para a situação que os estudantes da Universidade vêm enfrentando. “Como podemos ficar calados diante de tanta corrupção, se na Uepa, bolsas estudantis são cortadas e obras importantes estão há mais de um ano paralisadas. Nós vamos intensificar nossa mobilização, pois a juventude em luta vai impedir que esse escândalo termine em pizza ou em tapioca”, garante Juliana.

sexta-feira, 10 de junho de 2011


Acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de junho o I Congresso dos Estudantes da UFOPA - CONEUFOPA. Com o tema "(Re) construindo uma Universidade no interior da Amazônia", o evento representará um marco na organização estudantil da recém-criada Universidade Federal do Oeste do Pará.
De acordo com Nery Júnio Araújo Rebelo, coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes da UFOPA, a realização do Congresso é um compromisso da atual gestão do DCE, que foi eleita em Assembléia em novembro de 2010 para representar provisoriamente os acadêmicos da instituição. No CONEUFOPA, será aprovado o estatuto do DCE e serão realizados encaminhamentos para as primeiras eleições diretas da entidade.
O Congresso debaterá temas relacionados à situação da UFOPA, como as problemáticas do modelo acadêmico de ciclos adotado este ano e a ausência de uma política consistente de assistência estudantil na instituição. As políticas de educação superior implementadas pelo Governo Federal nos últimos anos e os desafios do movimento estudantil frente à atual conjuntura nacional também serão objeto de reflexão do corpo discente no I CONEUFOPA.
Nery Júnio afirma que o principal objetivo do Congresso é "fortalecer o movimento estudantil na nossa Universidade, estimulando a participação dos estudantes na discussão e proposição de políticas para a UFOPA e para o DCE".
As atividades do primeiro dia do CONEUFOPA (17/06) ocorrerão no Auditório do 3º piso do Hotel Amazônia Boulevard, próximo às salas provisórias do CFI; nos demais dias (18 e 19/06), o Congresso terá como local o Auditório do campus Rondon da UFOPA.
Confira no 'Mais informações' a programação do Congresso.
Para maiores detalhes do evento: dceufopa@googlegroups.com ou 9131-2423 (Wallace Sousa/DCE).

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Por Gabriela Rosa, do blog Megafonadores

Duas pautas ganharam evidência no Brasil nos últimos dias. No final de maio, veio à tona denúncias de que o velho e conhecido Palocci teria aumentado 20 vezes o seu patrimônio desde 2006. No período, Palocci comprou um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil. No entanto, mesmo que o atual Ministro da Casa Civil, que à época, era Deputado não gastasse um mísero centavo do seu salário, em 4 anos, não conseguiria acumular nem mesmo R$ 1 milhão. Médico Sanitarista por formação, Palocci alega que o rápido enriquecimento se deve a prosperidade de sua empresa de Consultoria Econômica. Mas porque essa empresa seria tão próspera? Seria por conta da sua influência?
Mais recentemente, outra pauta que ganhou destaque nos jornais e nas redes sociais foi a greve dos bombeiros do RJ que ocuparam o Quartel Central reivindicando melhores salários e condições de trabalho. No último sábado, a mando do Governador Sérgio Cabral a manifestação foi duramente reprimida pelo o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) que invadiu o local usando gás lacrimogêneo e balas de festim. Muitas pessoas ficaram feridas, uma mulher grávida sofreu um aborto e o BOPE acabou prendendo 439 bombeiros que, embora a comoção da sociedade, ainda não foram soltos.
O mais novo apartamento do Palocci custou o mesmo que o salário de quase 7 mil bombeiros. Palocci está solto. O Procurador-Geral da República já arquivou o pedido de investigação sobre Palocci, que provavelmente nem será julgado. Os bombeiros, trabalhadores, mal remunerados, já estão pagando pelo crime de protestar por melhores salários. A (ex)guerrilheira Dilma que blindou Palocci não está nem aí para os bombeiros.
Prendam o Palocci. Soltem os bombeiros!

Leia também:

terça-feira, 7 de junho de 2011

No blog Quarto Poder:
Contando ninguém acredita. O ex-prefeito Lira Maia e a atual prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins, adversários políticos declarados, deixaram as divergências de lado para se enrolarem juntos na bandeira pela criação do Novo Estado.
Quem participou da carreata promovida pela elite política e empresarial da região, na última sexta-feira (3), viu o quão unidos estão Maia e Maria, que agora dividem o mesmo palanque, em prol do futuro Estado do Tapajós.
Lira Maia, o pai do Mutirão da Vergonha, foi responsável por uma série de desmandos que sangrou os cofres públicos durante os 8 anos em que governou Santarém. Ele é hoje o maior ficha suja do país e o parlamentar com o maior número de processos no STF.
Maria do Carmo, por sua vez, faz uma gestão desastrosa e decepcionante. Ela comete os mesmos erros e vícios de seu antecessor. Em seu governo, por exemplo, o nepotismo, característica marcante de LM, é uma prática comum. Sua administração tem tantas irregularidades quanto teve a gestão de Maia, segundo apontou o relatório da CGU, que enumerou vários indícios de fraudes em licitação e desvios de recursos públicos.
O blog Quarto Poder fez uma singela homenagem a essas duas figuras históricas do município, estendida também aos demais oportunistas, que agora são capazes de tudo para convencer o povo que o Novo Estado resolverá todos os nossos problemas.
Clique AQUI para ver a homenagem.

segunda-feira, 6 de junho de 2011


É destaque em toda a imprensa a greve dos bombeiros do Rio de Janeiro e os acontecimentos que se sucedem desde que o governador Sérgio Cabral (PMDB), na madrugada do sábado (dia 4), de forma covarde, mandou o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) invadir o quartel e reprimir violentamente os grevistas, que se manifestavam pacificamente.
Na noite de sexta, os bombeiros ocuparam o quartel da corporação para protestar contra a terrível situação em que eles vivem. O Rio de Janeiro é o estado que pior remunera seus bombeiros, com cerca de R$ 950 por mês. A mobilização legítima dos homens de vermelho busca um salário de, ao menos, R$ 2 mil.
Já na madrugada, ocorreu a vergonhosa invasão ordenada por Cabral, com lançamento de bombas e disparos de balas de fuzil. Na operação, 439 bombeiros foram presos e, desde então, estão mantidos em condições humilhantes.
Integrante da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Janira Rocha (PSOL-RJ) passou a madrugada acompanhando o protesto dos bombeiros dentro do Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no centro da cidade, e disse que só não houve uma tragédia porque o movimento é pacífico e porque os manifestantes tinham treinamento militar.
“Foi terrível o que aconteceu lá dentro. O Bope invadiu por trás, jogando bombas de gás e disparando balas de verdade. Tem carros dos bombeiros lá dentro arrebentados a bala. Se os bombeiros não estivessem em movimento pacífico e ordeiro, poderia ter ocorrido uma tragédia”, afirmou a deputada, exibindo cápsulas deflagradas de fuzil e pedaços de bomba de efeito moral.
Janira Rocha não poupa críticas ao governador do estado do Rio de Janeiro, o maior responsável pela repressão contra esse movimento legítimo dos bombeiros: “Essas pessoas que estão sendo penalizadas são as mesmas que salvam vidas em incêndios e nas praias do Rio. Ganham o pior salário da categoria no Brasil. Quero saber se o governador (Sérgio) Cabral, responsável por essa operação, consegue se alimentar em Paris com os R$ 950 que são pagos a esses homens e mulheres.”
A revolta na população é geral contra a covardia do governador. Um acampamento foi erguido em frente à Assembleia Legislativa carioca para protestar contra a violência de Cabral, pela imediata libertação dos presos e em defesa das reivindicações da categoria.
O movimento SOS Bombeiros  convova toda a população brasileira a usar roupas vermelhas em solidariedade à luta heróica dos bombeiros do Rio de Janeiro.
 Informações extraídas de:

sábado, 4 de junho de 2011

Estudantes e movimentos sociais realizaram na manhã desta sexta feira (03/06) mais uma manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em Santarém/PA. Desde quarta-feira, 1º, a tarifa custa R$ 1,90 - um preço considerado abusivo frente à qualidade do serviço ofertado à população.
No começo da manhã, um grupo de manifestantes fez uma panfletagem nas ruas do centro da cidade, denunciando o aumento no preço da passagem e a péssima situação do serviço de transporte coletivo no município. Após dialogarem com a população, os manifestantes se dirigiram à Prefeitura Municipal de Santarém, onde realizaram um ato de protesto criticando o reajuste.
Em frente à Prefeitura, os estudantes gritavam palavras de ordem como: “mãos ao alto, esse aumento é um assalto!”. O objetivo da manifestação era, além de chamar a atenção da sociedade para o aumento da tarifa, entregar à Prefeita Maria do Carmo uma pauta de reivindicações da sociedade civil para o transporte coletivo municipal.
Dentre as reivindicações, estão a realização de uma Conferência Municipal de Transportes, a renovação da frota de ônibus, o cancelamento do reajuste tarifário e passe livre para os estudantes. Os estudantes solicitam, também, que a Prefeitura realize processo licitatório para a escolha das empresas de ônibus. "Hoje existem empresas que não têm a mínima condição de oferecer o serviço. Os ônibus estão completamente sucateados. A licitação é o instrumento adequado para selecionar as empresas que têm melhores condições de oferecer um serviço bom ou razoável à população", argumenta Ib Sales Tapajós, coordenador geral da UES.
Uma comissão de manifestantes foi recebida pelos secretários Juca Pimentel (Governo) e Sandro Lopes (Transporte), que iniciaram o diálogo em relação às pautas apresentadas. Como a Prefeita de Santarém não se encontrava no prédio da Prefeitura, os secretários agendaram uma próxima reunião para quarta-feira (dia 08) para dar prosseguimento à discussão da pauta de reivindicações.
Enquanto isso, a luta do movimento estudantil e dos movimentos sociais continua!
* Veja a repercussão do ato público em outros veículos de comunicação: Janela Amazônica e No Tapajós.
** Confira no 'Mais informações' a Carta aberta à Prefeitura de Santarém, assinada por 18 organizações da sociedade civil, dentre entidades e coletivos estudantis, sindicatos, movimentos sociais e organizações comunitárias.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

NOTA DO MOVIMENTO XINGU VIVO – COMITÊ METROPOLITANO SOBRE A LICENÇA DE INSTALAÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE
Há muito já se sabe que a Usina Hidrelétrica (UHE) Belo Monte não tem viabilidade econômica, social, ambiental, cultural e mesmo política. Mais uma prova disso foi a carta enviada à presidente Dilma Rousseff no dia 19 de maio/2011, assinada por 20 das mais importantes associações cientificas brasileiras, como a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que após se debruçarem por um longo tempo sobre os estudos até aqui realizados, manifestaram preocupação e pediram a suspensão do processo de licenciamento da UHE Belo Monte.
Há muito também já se sabe que a UHE Belo Monte infringe frontalmente a constituição e a legislação ambiental do Brasil. É por isso que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nacional e seção Pará, e o Ministério Público Federal (MPF) estão pedindo que sejam suspensas as operações de Belo Monte enquanto as condicionantes não forem realmente cumpridas. Nesse sentido, no dia 11 de maio/2011 o MPF emitiu uma recomendação ao presidente do IBAMA, pedindo que este se abstenha de emitir a Licença de Instalação da UHE Belo Monte, enquanto as questões relativas às condicionantes da Licença Prévia 342/2010 não forem definitivamente resolvidas.
Nem mesmo o consorcio Norte Energia S.A. (NESA), montado pelo Governo Federal as vésperas do leilão, apresenta consistência. Esta semana foi amplamente divulgado que as empresas Galvão Engenharia, Serveng e Cetenco já fizeram pedido formal de desligamento do consórcio, a Contern fará o pedido nos próximos dias, e a J. Malucelli e Mendes Junior estão apenas a procura de alguém que compre os seus percentuais no negócio, seguindo os mesmos passos da Gaia Energia, que já vendeu a sua parte para a VALE. Antes mesmo de iniciar suas atividades a NESA já está caindo de podre.
A UHE Belo Monte é hoje uma bandeira política do Governo Federal, só isso explica a obsessão por esta obra, que vai repassar no mínimo 30 bilhões de reais para as empreiteiras, setor que, coincidentemente, ficou em 1º lugar no repasse de verbas para a campanha da presidente Dilma Rousseff.
A principal polêmica no debate sobre o novo Plano Nacional de Educação é sobre qual percentual do PIB deve ser aplicado no setor. O governo quer magros 7% e a sociedade civil reivindica 10%. Uma pergunta relevante neste debate é dizer de onde virá o dinheiro novo. Além dessa pergunta cabe dizer também quem pagará a conta em relação aos entes federados.
Hoje o Valor Econômico deu repercussão para uma proposta da Campanha Nacional pelo Direito à educação que busca responder a primeira pergunta. Pela proposta 5% dos lucros das empresas estatais seria destinada a manutenção e desenvolvimento do ensino.
Segundo o Valor “o lucro das estatais federais, como Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobrás, está na mira do ensino público brasileiro. Nos próximos dias, deputados da comissão especial responsável pela tramitação do Projeto de Lei 8.035, que trata da segunda edição do Plano Nacional de Educação (PNE), começam a debater uma emenda que prevê a destinação de 5% do lucro líquido das empresas vinculadas à União para investimentos em transporte e infraestrutura escolar, como, por exemplo, reformas, compra de materiais e construção de bibliotecas e laboratórios de informática e ciências”.
Contra o aumento do preço do busão, vamos pra rua com mobilização!
A Prefeita de Santarém Maria do Carmo Martins (PT) mais uma vez ataca o bolso da população em benefício dos empresários de ônibus.
A partir desta quarta-feira (01/06/2011), o usuário do transporte coletivo terá de pagar R$ 1,90 pela passagem. Um VALOR ABUSIVO que deve ser repudiado por todos nós!
Vamos às ruas também para exigir um transporte coletivo de qualidade e PASSE LIVRE para todos os estudantes.
Data: 03/06/2011 (Sexta-feira).
Concentração às 8 horas na Praça São Sebastião.

Contatos: Ib Tapajós (UES): 9145-3010, Sérgio (FAMCOS): 9145-2068 e Renan (FDA): 9122-2068.
Veja também:
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