sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


Mais de um ano. Sim, há mais de um ano que reitoria e a então coordenação do Campus da Universidade do Estado do Pará (UEPA) de Santarém sabiam da situação do bloco B. Quando indagados quanto a uma avaliação da estrutura do prédio, apenas diziam que havia um laudo de algum engenheiro, o que nunca nos foi apresentado. Por isso, com a INTERDIÇÃO feita pelo Corpo de Bombeiros no último dia 17 defevereiro (que foi solicitada pela atual coordenação local) é de se lamentar a postura dos gestores da UEPA que durante todo esse período não tomaram medidas transparentes que minimizassem os danos e a ansiedade de quem convivia com as rachaduras, desabamentos de partes do forro dos laboratórios e o piso íngreme de alguns locais do prédio.
Nota-se ainda certo descaso na recente publicação no site da UEPA feita hoje pela Assessoria de Comunicação que informa que o prédio apresentou rachaduras "no período chuvoso". Além disso, segundo o informe "a Gestão Superior já definiu os investimentos necessários para solucionar os problemas verificados". Diante de tal situação, é de se estranhar o posicionamento da Gestão, haja vista que as rachaduras no prédio lá estão há anos, o que por si só é notório, em se tratando de uma estrutura inaugurada há apenas seis anos. Indaga-se também como, repentinamente, os investimentos já foram destinados para a realização de reparos se os peritos ainda não expediram um laudo para nortear tais medidas.
Nós, estudantes do Curso de Medicina de Santarém, lamentamos os danos causados aos cofres públicos diante dessa interdição. É dinheiro público o que construiu o prédio, o mesmo dinheiro que terá agora de repará-lo por falha ou omissão de outrem. Tal medida é estarrecedora, pois temos acompanhado recentemente a implementação propagandista de uma interiorização do ensino, em todo o estado, que não tem primado pela educação pública de qualidade verdadeiramente. Por ter esse perfil, além dos gastos com a provável reestruturação do prédio de Santarém, cerca de R$ 30 mil ao mês deverão ser gastos com aluguel para o remanejamento de algumas atividades do Campus em um prédio de outra instituição privada.
Com a interdição, os maiores penalizados são técnicos, discentes e docentes do Campus, que deixarão de atender adequadamente sua demanda por um período ainda não determinado. São os mesmos que nos últimos anos sofreram com a insegurança provocada pelas rachaduras e os "estalos" que se ouviam no prédio. Ressalta-se que além da situação já descrita, outros problemas de infraestrutura se acumulam por todo o Campus, como fossa estourada, banheiros e salas interditadas por falta de manutenção, além dos problemas corriqueiros que o maior Campus do interior do Pará sempre enfrentou.
Por isso, acreditamos que este deve ser um momento de união junto a Coordenação do Campus e até mesmo a Reitoria para amenizar os danos e solucionar os problemas gerados. No entanto, afirmamos nosso descontentamento a partir das atitudes supracitadas e acreditamos que deve-se apurar os responsáveis por colocar em risco a integridade e a saúde daqueles que colaboram, ajudam ou aprendem a SALVAR VIDAS, enfim, de toda a comunidade acadêmica. Ratificamos que a Gestão “Superior” não deve poupar esforços para a mais rápida e completa resolução da situação. É o mínimo que esperamos!
Santarém, 23 de fevereiro de 2012.
Adalto Pontes
Presidente CAM/STM - Gestão 2011
Mauro Vieira
Vice-presidente CAM/STM - Gestão 2012

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