Por Bruna Vaz¹
Uma onda de protestos femininos varreu as ruas, redes sociais de todo país nos últimos meses, uma grande mobilização feminina que ficou conhecida como "Primavera Feminista", uma explosão social não antecipada e imprevisível. Campanhas na internet como #meuprimeiroassédio, #meuamigosecreto foram algumas hashtags que viralizaram como instrumentos que orquestraram as vozes silenciadas historicamente de nós, mulheres. Essas mobilizações começaram a ser desenhadas logo após circular na internet comentários de cunho machistas, pedofilia exacerbada contra uma participante mirim de um programa de TV, o master chef Junior. Outro fator que desencadeou indignação foi a projeto de lei 5069/2013,que retira a autonomia da mulher decidir querer ou não interromper uma gravidez consequência de estupro,elaborado por Eduardo Cunha, que se tornou inimigo número 1 das mulheres, LGBTs, negros e negras, por compor junto com uma bancada reacionária uma maçante retirada de direitos já conquistados por esses grupos. Fora Cunha! Cunha sai, Pílula fica! Foram alguns gritos que ecoaram nas ruas de todo Brasil para fazer ouvir o pedido de socorro das mulheres que estão à margem da vulnerabilidade social, que estão à mercê do assédio sexual, da violência sexual, do estupro que muitas vezes é banalizado e da própria culpabilização da vítima, gritos esses que também ecoaram pela garantia de direitos já conquistados e pela luta por direitos democráticos e libertários para construirmos uma sociedade mais igualitária.
Diante desse quadro que se configura a efervescência do movimento feminista atualmente em consonância com outros movimentos sociais, que a UES (União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém) entidade que sempre esteve lado a lado na luta e nas ruas contra qualquer tipo de opressão; homofobia, racismo, machismo, na luta pelos direitos indígenas, por educação de qualidade e inclusiva, lança a nova carteirinha estudantil de 2016 com o tema “Primavera Feminista”#AlutadasmulheresMudaoMundo”, afim de mostrar para a sociedade, assim como foi amplamente visível no tema da redação do Enem de 2015, a luta das mulheres e tornar esse debate mais acessível, ensinando que as ruas é o nosso lugar, dessa forma nosso desafio é construir uma sociedade renegando os padrões exigidos, que consiga superar toda a opressão e exploração que nos atinge todos os dias.
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¹Acadêmica de Antropologia UFOPA e diretora de movimentos sociais da UES.
-A emissão da carteira 2016 iniciou no dia 4 de janeiro e segue até o fim do ano.
Endereço: trav Francisco Correa 200, altos
O que é necessário para tirar a carteirinha? Além de ser universitário é claro...
ResponderExcluirA censuoeg é cadastrada? Estou fazendo uma pós É estou precisando mto da minha carteira de estudante
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