domingo, 13 de março de 2011

Este ano, o dia internacional da mulher (8 de março) não passou em branco em Santarém, pelo menos na UFOPA. Na última sexta (11/03), o recém-criado coletivo de mulheres Rosas de Liberdade realizou uma programação especial em homenagem às mulheres. De acordo com Heloise Sousa, diretora de gêneros da UES e uma das fundadoras do coletivo, a atividade foi pensada "para que o dia oito de março não seja apenas um dia de distribuir flores. Devemos lutar pela construção de uma nova sociedade, onde as mulheres sejam percebidas como sujeitos e tratadas com dignidade".

O Coletivo Rosas de Liberdade é um espaço de discussão e formação que objetiva reunir mulheres de todas as etnias, raças, de diferentes organizações partidárias, credos religiosos, faixas etárias e orientações sexuais, mães, donas de casa, trabalhadoras, desempregadas, analfabetas e estudantes. Esta programação realizada na UFOPA foi a primeira atividade ampliada do coletivo, que tem como perspectiva organizar cada vez mais mulheres na luta pela verdadeira emancipação social e cultural feminina.
A atividade consistiu em uma exposição de fotos de várias mulheres que deixaram seus nomes registrados nas páginas da História, participando ativamente dos principais acontecimentos sociais, políticos e culturais vivenciados pela humanidade. Dentre as homenageadas estiveram desde grandes estrelas da música popular, como Mercedez Sosa e Elis Regina, até revolucionárias socialistas como Rosa Luxemburgo. Maria da Penha, que se tornou uma grande referência na luta contra a violência doméstica, também foi lembrada, assim como a irmã Dorothy Stang, religiosa norte-americana assassinada em 2005 por conta de sua atuação em defesa do meio ambiente e dos povos da Amazônia. Muitas outras figuras femininas também tiveram seu espaço garantido na exposição.

Além da exposição fotográfica, foi realizada uma sessão de vídeo-debate do filme Terra Fria, que narra a história real de Josey Aimes, uma mulher que abandona o marido que a violentava e passa a trabalhar numa mineradora em Minnesota (EUA) para sustentar os filhos. Em seu trabalho, Josey sofre várias ofensas morais e assédios sexuais dos seus colegas de trabalho. Ao invés de sofrer calada pelas humilhações, ela luta contra isso e move uma ação judicial contra a empresa, tornando-se uma referência da luta feminista nos Estados Unidos.

Tanto o filme quanto a exposição de fotografias tiveram como intuito estimular a reflexão e o debate sobre a situação da mulher no mundo hoje, as dificuldades e preconceitos que sofrem, bem como as formas de lutar por mais espaço na sociedade. "É imprescindível que nos organizemos cada dia mais. Precisamos dar um basta a todas as formas de preconceito, opressão e violência contra a mulher, sem esquecer que a luta das mulheres deve ser articulada à luta de todos os oprimidos do mundo" - diz o manifesto do coletivo.


Para conhecer e/ou participar do Coletivo de Mulheres Rosas de Liberdade, entre em contato com suas integrantes através do email: rosasdeliberdade@hotmail.com

2 comentários:

  1. Gostei muito das fotos e da proposta do grupo. Quando vai ter outra atividade?

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  2. Boa! Parabéns meninas pela iniciativa....

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