Na tarde desta quinta-feira, dia 12 de abril, mais de 150 estudantes da Universidade do Estado do Pará foram às ruas de Santarém protestar contra a atual situação estrutural da instituição. Acadêmicos de todos os cursos – Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Música e Educação Física – deram um grande exemplo de unidade e organização, reivindicando publicamente melhorias nas condições de ensino-aprendizagem da UEPA.
A principal pauta discutida no ato público foi a situação do “Prédio Azul”, interditado pelo Corpo de Bombeiros no dia 17 de fevereiro por oferecer riscos à segurança dos estudantes, professores e funcionários. Após quase dois meses da interdição, sequer foi iniciada a reforma do prédio, o que gera inúmeros transtornos à comunidade acadêmica. Muitos estudantes estão tendo aulas no prédio de uma instituição privada de ensino superior, que alugou parte da sua estrutura para a UEPA por um preço de R$ 25 mil reais por mês.

Além da situação do prédio azul, os manifestantes denunciaram também outros problemas vividos pela UEPA em Santarém, como a escassez de verbas repassadas pela Reitoria à Coordenação local. O presidente do Centro Acadêmico de Educação Física, Bruno Teixeira, afirmou que a falta de verbas é tamanha que nem a compra de Baygon tem sido feita. “Por isso, temos que estudar em salas repletas de mosquitos que transmitem doenças. Há até o caso de uma aluna vítima de dengue hemorrágica”.
Diante de tal situação, os estudantes se concentraram em frente à UEPA a partir das 14h; por volta das 15:30h, saíram em passeata pelas ruas próximas da Universidade, fechando por alguns minutos pontos de grande tráfego de veículos na Av. Magalhães Barata (Rodagem) e na Av. Silva Jardim. Nas falas, os manifestantes chamavam atenção para a situação da UEPA e para a necessidade de maior atenção do Governo do Estado ao ensino superior em Santarém.

12 de abril de 2012, dessa forma, pode ser considerado um dia histórico para o movimento estudantil santareno, pois, nesta data, os acadêmicos da UEPA deram um grande recado ao Governo do Estado e à Reitoria da instituição: o corpo discente de Santarém merece ser tratado com respeito e deve dispor de condições dignas para realizar suas atividades de ensino, pesquisa e extensão.
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