A Entidade lucrava dois reais a mais pelo recebimento de formulários da UES.
Presidente da AES, Israel Nascimento |
Alguns estudantes universitários, por desconhecimento, se dirigiram à sede da AES para adquirirem sua Carteira Estudantil. A nomenclatura parecida das duas siglas – UES e AES – é um dos fatores que levaram a essa confusão. Todavia, ao invés de esclarecer o estudante desinformado, o presidente da AES, em vários casos, agiu de má fé para tirar proveito dessas situações: forneceu a cada estudante um formulário da própria AES e cobrou R$ 10,00 (dez reais) pela Carteira Estudantil. Em seguida transcreveu os dados do estudante para um formulário da UES e o encaminhou à sede desta entidade, realizando o pagamento de R$ 8,00 por cada formulário entregue, tendo um lucro de dois reais. Após 15 dias (prazo de entrega da carteira), o presidente da AES compareceu à sede da UES, apresentando comprovante de pagamento para pegar a Carteira.
Hoje em Santarém somente a UES pode fazer a emissão da carteira estudantil universitária, e autoriza somente Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e o Diretório Central dos Estudantes das universidades de Santarém a fazerem o recebimento do formulário. A UES não autoriza nenhuma das entidades, UMES e AES, a fazerem o recebimento dos formulários e nem mantêm qualquer tipo de parceria com as mesmas. O motivo é a falta de representatividade dessas associações frente a sua classe e também pela grande falta de transparência em relação à prestação de contas, estatuto, eleição e composição de suas diretorias.
É importante esclarecer que a arrecadação unitária de cada carteira, que hoje custa R$8,00 (oito reais) e assegurada ao estudante por mais de oito anos pela UES, diferentemente do que fazem UMES e AES que anualmente reajustam os valores no intuito de aumentar seus lucros e arrecadações, a UES paga ao SETRANS 3,50 para a confecção da carteira e 4,50 constitui o fundo social da entidade, sendo contabilizado para o funcionamento da entidade e mobilização da categoria estudantil.
Atualmente o presidente da AES, Israel Nascimento não é estudante secundarista, o que torna no mínimo estranho sua presença na presidência da entidade. Israel estuda em uma faculdade particular da cidade. Quanto a UMES, a entidade mais parece um clã do que um órgão de representação de categoria. Desde os tempos de fundação da entidade que se perpetua a família “Chiquinho”.
Diante dessa situação a UES protocolou na polícia civil de Santarém no dia 04 de outubro, uma denuncia dirigida a AES e ao seu presidente Israel Nascimento. A polícia ainda irá apurar os fatos e coletar depoimentos dos estudantes lesados e do próprio Israel.
Com isso esperamos que essa prática mesquinha não se repita mais nas entidades de representação estudantil.
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