quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Por Felipe Bandeira*




Dia de 18 de novembro, a universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) realizará a consulta a comunidade acadêmica para escolha do novo reitor e vice-reitor. Trata-se de um debate fundamental para o futuro da universidade. Criada em 2009, a instituição foi marcada pela gestão autoritária e intransigente de Seixas Lourenço. A linha dura de Seixas atropelou os órgãos colegiados e desrespeitou fóruns importantes das categorias.

Para os entorpecidos pela súbita simpatia de Seixas & Cia, basta lembrar que em 2012, quando a UFOPA entrou em greve por mais de 100 dias, em momento algum houve abertura de dialogo e negociação com as categorias. Ao contrário, cuidava-se para criminalizar as mobilizações. Em 2011, Seixas processou mais de 40 estudantes e perseguiu inúmeros técnicos e professores.

Aos sorrisos - de orelha a orelha - e apertos de mãos dos Seixas da vida, se contrapõe as portas fechadas dos últimos anos da reitoria. Na realidade, a rubrica dessas mentes iluminadas substituiu o debate democrático e a universidade caminhou a marcha ré.

A eleição é um bom remédio para amnésia. Enquanto Seixas espoliava tudo o que soasse diferente aos seus ouvidos, empurrando goela abaixo medidas a revelia da comunidade acadêmica, a indignação crescia na UFOPA.

Seixas desenvolveu uma reitoria fechada, limitada a um grupo reduzido de burocratas.

A eleição foi fruto de inúmeras paralisações, assembleias, audiências públicas, ocupações, enfim, da luta incansável dos indignados por uma universidade verdadeiramente democrática.

Quando finalmente conseguimos discutir e aprovar um Estatuto com toda a universidade, Seixas preferiu empunhar sua altivez feito um absolutista arrogante: A UFOPA sou eu! Desrespeitou as deliberações do Congresso Estatuinte e transformou nossa obra de arte num Frankenstein. Lembram disso?

Poie é, estudantes, professores e técnicos inúmeras vezes foram colocados pra escanteio, enquanto a reitoria se lambuzava no campo de ataque. Temos o dever de acertar contas com o nosso passado. Aldo Queiroz coordenou o campus da UFPA em Santarém de forma a não deixar a desejar a nenhum coronel dos tempos das oligarquias. Bernardino - o procurador atômico da UFOPA - é condenado à 6 anos de prisão por desvio de dinheiro público e ainda traz em sua algibeira várias processos de corrupção.

O período que se abre na UFOPA exige essas reflexões. Cabe a nós as mudanças estruturais da UFOPA. Com certeza o Seixas não vai fazer!

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* Coordenador geral da UES, estudantes de Ciências Econômicas UFOPA e militante do Juntos! Juventude em Luta

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