terça-feira, 1 de outubro de 2013

 Impasse entre Democratas e Republicanos deixa a população dos EUA de mãos abanando.


Por Felipe Bandeira[i]

De cabeça baixa, Obama não consegue dar respostas à crise política dos EUA.




A queda de braço entre republicanos e democratas vai obrigar o governo dos Estados Unidos a paralisar parte do funcionalismo público no país. O Shutdown é gerado pela falta de acordo em aprovar o Orçamento do país para o próximo ano fiscal. Com a paralisação, os EUA ficam impedidos de fazer parte do repasse de verbas públicas, além tornar mais difícil um novo entendimento para o governo aumentar o teto da dívida púbica, ou seja, a quantidade de dinheiro que o país pode pagar e emprestar no mercado financeiro.


Com a paralisação, cerca de 800 mil trabalhadores irão para casa de mãos abanando. A medida vai provocar o fechamento da estátua da Liberdade, museus, parque nacionais, dificultar o processamento de impostos, a concessão de empréstimo, pagamento de subsídios agrícolas, enfim, serviços considerados não essenciais.


Numa reunião extraordinária realizada no senado, na sexta-feira, os republicanos aceitaram o orçamento de Obama, mas... com duas condições: cozinhar por mais um ano a entrada em vigor da lei base de saúde – carro chefe de campanha dos democratas, chamada de Obamacare – e eliminar o imposto criado para cobrir gastos com a saúde de quem está em vulnerabilidade social. O senado -de maioria democrata - rejeitou a proposta da Câmara, de maioria, republicana.


De acordo com a Macroeconomics Adviser, se o governo fechar por duas semanas, custará cerca de 0,3 pontos do PIB do último trimestre.


O problema de fundo é o debate que tem marcado a política e a economia norte-americana dos últimos anos, com a ascensão do movimento ultraconservador conhecido como Tea Party.


Surgido em 2009 depois de uma série de protestos coordenados em todo o país, o Tea Party ou a festa do chá, representa uma resposta ultraconservadora à crise econômicas iniciada em 2008, a exemplo do que também aconteceu a Europa, com surgimento movimentos de cunho fascistas.


Apesar de um crescente fortalecimento, o Tea Party não é um partido político. Entre seus integrantes e simpatizante estão, sobretudo, a ala mais conservadora dos conservadores republicanos.


Entre suas propostas polêmicas estão a extinção do ministério da Educação, fechamento do Banco Central - End the Fed, como chamam - além de vários posicionamentos homofóbicos e racistas.


Obama afirmou que as operações militares continuarão, que as famílias norte-americanas são mais importantes que tudo isso e blá,blá,blá. No final das contas, essa lenga lenga entre democratas e republicanos, não é se não, sinal do conservadorismo dos EUA.



Saiba mais sobre o Tea Party

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI179729-15227,00.html


http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI172043-15227,00-TEA+PARTY+CONTINUA+EM+ASCENSAO+NOS+EUA.html




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[i] Coordenador geral da UES, estudante de ciências Econômicas UFOPA e militante do Juntos! Juventude em luta!

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