domingo, 30 de dezembro de 2012



A luta pela qualidade do serviço de transporte público em Santarém não é apenas - e somente - fruto de uma pauta específica de exigência dos direitos de categorias. Esta perpassa a percepção de uma sociedade cada vez mais democrática, capaz de articular a sociedade civil na participação do planejamento das políticas públicas, diluindo o burocratismo que hoje emperra e torna cada vez mais ineficiente, não somente o serviço de transporte coletivo, como uma extensa lista dos serviços públicos.
Neste sentido, a UES (União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém) convoca toda a categoria estudantil e sociedade santarena a cerrar fileiras na luta em defesa da permanência do congelamento a meia-entrada estudantil  em sessenta e cinco centavos nos ônibus.

Longe de ser um presente do poder público municipal, o congelamento foi um direito conquista nas ruas. O reajuste tarifário à passagem dos estudantes propostos pelo SETRANS vai de contramão não somente a vitória em prol de um transporte coletivo que atenda as demandas sociais da nossa cidade, como representa um arrocho na renda das famílias que dependem do transporte coletivo e que depositam na educação de seus filhos a perspectiva de um futuro melhor.
Em relação a um posicionamento que beneficie a ampla maioria fica evidente a omissão do poder público municipal, que é quem define o valor da tarifa. Nosso recado deve ser claro. Nenhum recuo em nossos direitos. Não ao aumento da tarifa estudantil!
No mundo inteiro a juventude se levanta e toma as ruas exigindo seus direitos. São novos tempos. Nosso atraso, quase secular, mostra a imprescindível necessidade de nos organizarmos e darmos um basta nessa política mesquinha, que faz do poder público um balcão de negócios.
Neste início de 2013, temos uma grande batalha a enfrentar. Não ao descongelamento da passagem estudantil! Esta representa nossa força para enfrentar a gelatinosa política de favorecimentos. Vamos todos à luta rumo a um 2013 digno de nosso esforço na construção de uma sociedade cada vez menos desigual.
 

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9174-4744 – Felipe Bandeira – coordenador geral da UES – gestão Todas as Vozes!
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


Por Felipe Bandeira[i]
A carteira de identidade estudantil de 2013 da UES lança a campanha sobre a conquista do congelamento da passagem estudantil. Uma pauta histórica no movimento estudantil santareno, que  em 2008, através de várias lutas e forte mobilização conseguiu a conquista do congelamento em 65 centavos.
modelo carteira UES 2013

Sempre firme em defesa de um transporte público acessível, barato e eficiente em nossa cidade, a UES foi uma das grandes protagonistas na conquista ao congelamento de passagem estudantil. No entanto, este direito está sob ameaça e vem sofrendo intensos ataques.
Em matéria divulgada no jornal O Estado do Tapajós (edição de 14 de dezembro), afirma que o sindicato de transporte coletivo (SETRANS) ingressou na justiça pleiteando o descongelamento da passagem estudantil. O sindicato alega prejuízos de mais de 4,5 milhões de reais aos empresários por conta do “apadrinhamento” irresponsável que a prefeitura garantiu aos estudantes desde 2008. Em argumentações sustentadas em equívocos, os empresários tentam a todo custo empurrar goela abaixo um reajuste tarifário a população que na prática não acompanhará nenhuma melhora na qualidade do serviço. E aí estudante, você vai deixar isso acontecer?!
A principal característica do serviço ofertado em Santarém são as precárias condições deste - neste ponto em especial, a matéria não dedicou nenhuma linha. Não são poucas as reclamações de estudantes que são diariamente prejudicados pela ineficiência do transporte coletivo.
Hoje o usuário de ônibus arca com grande parte dos custos do serviço, deixando descoberta a responsabilidade do Estado, ao passo que aumenta o ranço empresarial por estimáveis lucros. Santarém é uma cidade em visível expansão urbana, e o transporte público não acompanha esse processo, colocando como pano de fundo a verdadeira necessidade de locomoção da população. Existem vários bairros – principalmente os periféricos - que não são assistidos com linhas de ônibus, e quando o são, o serviço é executado aos trancos e barrancos.
O presidente do sindicato, Washington do Vale, na mesma matéria, afirma que a tarifa cheia esta muito defasada e que cidades de médio porte como Santarém estão praticando tarifas entre R$ 2,50 e R$ 2,75. Uma descabível comparação, haja vista a renda da população santarena não suportaria tal reajuste. Cabe lembrar que quem é usuário de ônibus, como os estudantes, chegam a utilizar do serviço cerca de 4 vezes ao dia. O custo diário é de R$ 2,60, no mês R$ 52,00, sendo em média 2 a 3 estudantes por  família. Neste caso o valor saltaria para R$156,00, considerando a hipótese apenas de locomoção de casa para a escola/universidade e vice versa. Logo se percebe que este reajuste é incompatível com a renda do trabalhador de Santarém.
Neste fim de ano, os estudantes devem ficar atentos. Nosso recado é claro, Nenhum recuo em nossos direitos. NÃO a proposta de descongelamento da passagem estudantil! Vamos juntos cerrar fileiras nessa luta!




[i] Coordenador geral da UES, estudante de ciências econômicas – UFOPA, militantes Juntos! Juventude em Luta!

domingo, 16 de dezembro de 2012


Por Felipe Bandeira[i]
Não deixa de ser fato menos questionável a naturalização de ações arbitrárias do poder público em Santarém, como o recente caso de devastação de aproximadamente 190 hectares às margens do lago do Juá. Esta não é uma ação isolada, e vem conectada com forte processo de integração marginal da região ao capital nacional e internacional, essencialmente pautando o uso irracional dos recursos naturais, negligenciando os impactos sociais em detrimento da engorda das poupanças de grandes companhias nacionais e multinacionais como CARGILL, ALCOA, MRN, VALE, Buriti e outras. Este breve artigo tem como objetivo colaborar nas discussões acerca dos recentes casos de desrespeito à população santarena, enfatizando a importância da mobilização social como estratégia de contraponto ao ideário único do desenvolvimento a todo custo.
Os contornos gerais desse processo impactam profundamente a vida de cada cidadão. Quem não lembra das comunidades que permaneceram décadas sem energia elétrica, tendo o céu rasgado pelo “linhão” que passavam indiferentes por cima destas rumo aos projetos de extração mineral no sudeste do Estado.
As políticas públicas para a região, desde a década de 1960, trazem consigo a insígnia da modernização e do desenvolvimento como estratégia para respaldar empreendimentos ambiental e socialmente prejudiciais à Amazônia. Durante a ditadura militar, este processo ascendeu ao seu ápice, marcando profundamente a estrutura econômica e política da região.
Um papel importante de contraponto à reprodução deste modelo coube aos movimentos sociais organizados - como as Comunidades Eclesiais de Base - que empunharam a bandeira de luta a favor de justiça social, garantindo vitórias importantes, fortalecendo um projeto alternativo de sociedade. Neste sentido, a participação social nos conflitos, longe dos determinismos catastróficos que impregnam uma única via para a Amazônia, impõe a força política destes, mostrando a complexidade e especificidade dos conflitos.
A divisão social do trabalho coloca a Amazônia como base econômica primária, caracterizando a região como uma fronteira a ser conquistada. Na década de 1970 esse foi um discurso muito forte, caracterizando a região como um espaço vazio e pouco explorado. Por este motivo o governo implantou os planos de integração, agindo principalmente na aberturas de rodovias como a Transamazônica e a BR 163. Também foram incorporados a ação estatal incentivos fiscais, primeiramente para pequenos produtores, afim de trazer mão de obra para a região. Posteriormente, esses migrantes, grande parte nordestinos, foram integres a própria sorte, abandonados e sem nenhuma perspectiva de orientação, haja vista as dificuldades para produzir e comercializar seus produtos.
Traçadas novas metas, o Estado passou a induzir enormes vultos financeiros aos grandes projetos agrominerais como o poloamazônia com a justificativa de consolidar núcleos de desenvolvimento, caracterizado o efeito arrasto, quando os investimentos privados são impulsionados pelo Estado.
A partir da década de 1990, Santarém integra-se a fronteira do agronegócio com o plantio das primeiras safras de soja. Em 2002, com a implantação da Cargill houve um vertiginoso crescimento da produção de grãos. Os conflitos ganharam tônica com a acentuada valorização do mercado de terras, seguido da expulsão dos pequenos agricultores por conta dos conflitos rurais de grilagem e a conivência dos órgãos púbicos. Um exemplo emblemático é o caso do INCRA, que a partir de 2004 passa a ser superintendência regional se desmembrando da superintendência do Pará (SR-01), por conta de inúmeros casos de corrupção.
O Estado desempenha um importante papel, que longe de ser um instrumento unívoco de ação de determinado grupo, também não deixa de ser um agente que impulsiona a dominação econômica de grupos favorecidos, no entanto, esse aspecto também depende da luta política, dentro da própria institucionalização do Estado. O grau de desenvolvimento das lutas políticas e mobilização social, neste sentido, são relevantes como possibilidades de modificação da ordem. Traça-se desta forma a importância da luta política de correlação de forças dentro e fora do próprio Estado.
A estratégia de luta para a Amazônia deve ser a luta contra as grandes empresas, contra os projetos hidrelétricos, contra os grandes empreendimentos imobiliários que vão de encontro ao interesses da população. A consciência deve ser nossa principal arma, seguida de uma forte mobilização social, que reivindique para si a responsabilidade de pensarmos o caminho Amazônico do desenvolvimento.
O que aconteceu na área próxima ao Juá recentemente mostra que os movimentos sociais devem estar mobilizados para acompanhar o tempo dos mercados. Não foram poucos os que se assustaram com a velocidade imprimida na devastação daquela área. Agora a guerra deve correr a passos lentos na justiça, mesmo assim, a pressão social organizada e a luta política são essenciais para o fortalecimento da pauta do Juá.
Como já afirmei no inicio deste texto, não se trata de um caso avulso, o quadro de dominação se expande por todo o país e se apresenta de maneira muito específica na nossa região, no entanto, o poder de organização acompanha o poder de proposição e a responsabilidade de luta e transformação. Daí a importância dos sindicatos, associações de moradores, cooperativas, enfim, instituições que representem o avanço histórico da organização popular.
O sujeito coletivo não pode perder-se em reivindicações vazias e pessoais. Um momento importante da luta política é a “catarse” que marca a passagem do momento puramente egoísta para o da consciência coletiva. Esta deve ser a ponta de lança nos enfrentamentos.
Não se pode negar que os desafios são enormes ao passo que fica mais evidente a quem esta posta estas tarefas. Não se trata de uma ação de dezenas, pois enquanto não nos tornarmos milhares, estaremos em desvantagens contra os, que a custa de nossa desmobilização, nos saqueiam e violentam nossas gerações.


[i] Coordenador Geral da UES, estudante de Economia – UFOPA, militante Juntos! Juventude em Luta!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012


Por Felipe Bandeira[i]
Os visíveis problemas sociais e ambientais da Amazônia - herança de um atraso secular atrelado ao passado colonial, assinalam um processo de intolerância e violência na região. Os erros antigos são profundamente consonantes com os atrasos atuais, caracterizando a esclerose coercitiva do poder público frente às demandas do capital financeiro, especulativo e imobiliário. Aliás, este tipo de relação, além institucionalizar a corrupção, acentua o lastro social da miséria no município.
Aos que apregoam que esses investimentos serão a vanguarda para o desenvolvimento da Amazônia, e que com essas iniciativas virão também mais oportunidade de emprego, não sabem que é de projetos como este que se fundam os bolsões de miséria nas periferias da nossa Santarém.
 Em 2002 quando foi instalado o porto graneleiro da Cargill - atropelando todas as legislações ambientais – não foram poucos políticos e jornalistas reacionários que abusavam da retórica do desenvolvimento como estratégia de dominação das representações simbólicas do conflito. No entanto, este dito desenvolvimento nunca chegou, e pelo contrário, o que se observa é o vertiginoso inchaço das periferias, decorrente do aumento da fronteira agrícola da soja na região, que desde 2002, contribui para expulsão de pequenos agricultores de suas terras.
O mesmo pode ser analisado com a implantação de grandes projetos como o Grande Carajás na região sudeste do Estado, que trabalha na perspectiva de extração dos minérios utilizando exaustivamente os recursos ambientais, degradando o meio ambiente, sem planejamento social que considere os povos da região. No Oeste do Pará, em Juruti e Oriximiná, também acontece um processo parecido, com a extração mineral da bauxita pela ALCOA e Mineração Rio do Norte, respectivamente.
A devastação da área do Juá, às margens da Avenida Fernando Guilhon para implantação de um bairro, é um exemplo cadente desta lógica de marginalização da população menos abastarda. Em 2009, quando um grupo de trabalhadores sem moradia, ocuparam aquela área, não tardou para a prefeita Maria do Carmo, mandar expulsar a bala homens, mulheres e crianças que ocupavam a área e lutavam por um pedaço de terra onde pudessem morar. Pouco tempo depois do acontecido, a Secretaria municipal de meio ambiente (SEMMA) liberou a licença de devastação as empresas SISA e Buriti, que na prática constituiu a certidão de óbito da área próxima ao lago do Juá.
Para piorar, a raposa cuidava das galinhas. O atual secretário municipal de meio ambiente, Marcelo Corrêa é membro da família - dita “proprietária” – das terras. Marcelo Corrêa, que nas atribuições de suas competências como administrador público, fez valer a máxima, “aos amigos as benesses da lei, aos inimigos a lei”.
A área devastada no Juá é de aproximadamente 190 hectares. O custo ambiental e social do empreendimento é repartido com toda a sociedade santarena, enquanto os lucros são severamente acumulados por pequenos grupos de privilegiados que se utilizam de articulações políticas para executar seus projetos. De acordo com a legislação, a licença ambiental para construção de uma obra desta envergadura é alçada do governo do Estado, no entanto, as dúvidas sobre o licenciamento pairam soltas e sem respostas, sendo questionadas, inclusive, pelo secretário Estadual de Meio ambiente, José Alberto da Silva Colares.   
Na última quarta feira (12/12) o Ministério Público Estadual ingressou com uma ação civil pública, solicitando a paralisação imediata das obras no local.
Esperamos que desta vez justiça seja feita.



[i] Coordenador geral da União dos Estudantes de Ensino superior de Santarém (UES) e militante do coletivo Juntos! Juventude em luta!

terça-feira, 6 de novembro de 2012



Por Felipe Bandeira[1]

Nos últimos meses estudantes universitários de Santarém tomam as ruas em protesto contra as péssimas condições do transporte público no município. O serviço é oferecido de forma precária, e dentre as principais reclamações destacam-se as frotas insuficientes, ausência de manutenção periódica nos ônibus, descumprimento das rotas, além das constantes propostas de reajuste da passagem. Em programa de rádio veiculado na última quinta-feira (01/11), a SMT afirmou ter ciência de tal situação.
Santarém ao longo dos anos vem se consolidando com uma verdadeira cidade universitária, atraindo estudantes de várias regiões do Estado. Hoje no município existem cerca de 13 mil estudantes no ensino superior, entre universidades públicas e privadas, e milhares de jovens em cursos técnicos e cursinhos pré-vestibulares, além dos estudantes matriculados no ensino fundamental e médio, a maioria destes, de baixa renda e usuário do transporte público.

Os órgão responsáveis (SMT, prefeitura) claramente não conseguem responder a estas questões, ao passo que a cada ano o problema do transporte público se avoluma, impactando diretamente o cidadão que é usuário de ônibus.
Por se tratar de um serviço público, o Transporte coletivo, deveria prioritariamente atender a demanda da população, fornecendo a esta um serviço barato e de qualidade. No entanto, na prática, há uma inversão e a prefeitura prioriza os lucros aos donos das empresas de ônibus, em detrimento da qualidade do serviço prestado à população.
Neste contexto poder público e iniciativa privada brincam de jogar a batata quente um para o outro. Os empresários atribuem a precariedade do transporte público à falta de apoio do poder municipal. Em contrapartida, este alega que nos últimos anos a prefeitura “perdoou” uma dívida milionária relativa ao não pagamento a tributação municipal ISS (Imposto sobre serviços) por parte dos empresários como condição para que o setor renovasse e ampliasse as frotas de ônibus, contrapartida que não aconteceu.
Neste sentido, os estudantes reivindicam uma reforma urgente no serviço de transporte do município. Em ultima instância quem pensa as políticas públicas para o transporte coletivo são pequenos grupos de empresários que defendem prioritariamente seus largos lucros. Não podemos admitir as constantes propostas de reajuste da passagem e meia-entrada dos estudantes nos ônibus, pois assim estaremos compactuando com um transporte público cada vez mais excludente. 


[1] Coordenador Geral da UES, militante Juntos! Juventude em Luta!

terça-feira, 18 de setembro de 2012



APRESENTAÇÃO DO EVENTO
No dia 07 de outubro de 2012 será escolhido o prefeito que irá administrar Santarém nos próximos 4 anos. Serão eleitos também 21 vereadores, que são os responsáveis pela elaboração das leis municipais e pela fiscalização dos atos do poder público. É importante que a população participe de modo consciente desse momento democrático, escolhendo candidatos fichas limpas e comprometidos com o bem comum. Para isso, é fundamental o conhecimento dos projetos defendidos por cada partido e coligação.
Nós, estudantes universitários, devemos ser parte ativa desse processo eleitoral, analisando e discutindo os projetos políticos que estão postos. E, além disso, precisamos apresentar as nossas pautas para os candidatos que se propõem a ocupar cargos políticos, no executivo e no legislativo. Nossos problemas e necessidades devem fazer parte do debate público neste período eleitoral. Precisamos de governantes e vereadores comprometidos com os estudantes universitários!
Pensando nisso, a UES realizará, nos dias 28 e 29 de setembro, um circuito de entrevistas com candidatos aos cargos de vereador e prefeito de Santarém. Serão dois dias em que os estudantes universitários poderão aprofundar o debate político e conhecer melhor as propostas dos candidatos que pretendem ser eleitos com o voto do povo. Além de ouvir os candidatos, o estudante terá a oportunidade de fazer perguntas e questionamentos a eles, ao vivo. Será um momento ímpar de democracia e participação política.
Contamos com a participação dos estudantes e de toda a sociedade neste importante espaço de discussão democrática. E que no dia 07 de outubro possamos eleger representantes comprometidos com os interesses coletivos, em geral, e com os interesses dos estudantes, em especial.

PROGRAMAÇÃO

Dia 28/09/2012 (sexta-feira)
18h: Inscrição e credenciamento

18:30h: Entrevistas com candidatos a vereador de Santarém.

* Será entrevistado um candidato por partido/coligação. Todos os partidos e coligações que concorrem neste pleito foram convidados.

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DIA 29/09/2012 (SÁBADO)

15h: Entrevistas com os 5 candidatos a prefeito de Santarém
* Todos os candidatos foram convidados.

TODA A PROGRAMAÇÃO OCORRERÁ NO AUDITÓRIO DO IESPES.

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OBS.: Os candidatos a vereador e a prefeito terão o mesmo tempo para apresentar suas propostas e, depois, terão de responder às perguntas elaboradas pela diretoria da UES e pelo público presente no evento.

PARA MAIS INFORMAÇÕES: (93) 9174-4744.

terça-feira, 11 de setembro de 2012


 EDITAL Nº 03/2012 - Retificação do Edital nº 02/2012

A diretoria da União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém (UES) vem, por meio do presente edital, RETIFICAR o conteúdo do Edital nº 02/2012, no que se refere às entrevistas com candidatos ao cargo de vereador, que ocorrerão no dia 28/09/2012. 
1) Em conformidade com a legislação eleitoral, entrevistaremos 01 (um) candidato de cada chapa (partido ou coligação, conforme o caso), mantendo a isonomia das eleições proporcionais, conforme prevê o art. 46, inciso II da Lei nº 9.504/1997.  
2) Assim sendo, cada partido ou coligação deve indicar 01 (um) candidato para participar do evento, até no máximo no dia 15/09/2012. O nome do candidato escolhido deve ser enviado para o email uestudante@gmail.com.
3) Todas as 13 chapas (partidos ou coligações) que participam das eleições proporcionais serão informadas por escrito do evento, ficando à seu critério a escolha do candidato que será entrevistado no evento da UES. 
Santarém/PA, 10 de setembro de 2012. 
Felipe de Lima Bandeira
Coordenador geral da UES

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Nº 02/2012

A diretoria da União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém (UES) torna pública a realização de um circuito de entrevistas com candidatos aos cargos de vereador e prefeito de Santarém, referente ao pleito eleitoral de 2012, observado o que se segue:

1) O Circuito terá 2 módulos que serão realizados nos dias 28 e 29 de setembro de 2012, em local a ser divulgado com a devida antecedência.

2) O primeiro módulo ocorrerá no dia 28/09 (sexta-feira), com início às 18 horas, e consistirá numa rodada de entrevistas com 5 candidatos ao cargo de vereador.

3) Os 5 entrevistados do primeiro módulo serão escolhidos pela diretoria da UES da seguinte forma:
3.1. Os candidatos a vereador interessados em participar da entrevista deverão solicitar sua participação, enviando para o email da diretoria da UES – uestudante@gmail.com – um texto de no máximo 25 linhas contendo a apresentação da sua candidatura e as propostas voltadas para os estudantes de Santarém.
3.2. O período para envio do texto inicia no dia 31/08/2012 e encerra no dia 08/09/2012.
3.3. A partir das solicitações efetuadas no referido período, os diretores da UES se reunirão para escolher os 5 candidatos que participarão do primeiro módulo. Na escolha, serão observados os seguintes critérios: a) pertinência das propostas do candidato com as principais demandas estudantis em Santarém; b) trajetória política do candidato e sua proximidade, ou não, com a realidade dos estudantes; e c) diversidade partidária, visando garantir na rodada de entrevistas candidatos de 5 siglas diferentes.
3.4. A diretoria da UES divulgará o nome dos 5 candidatos selecionados até, no máximo, o dia 10/09/2012. Serão divulgados também seus respectivos textos de apresentação.

4) O segundo módulo do circuito ocorrerá no dia 29/09 (sábado), com início às 18 horas, e terá como participantes os 5 candidatos à Prefeitura de Santarém.
4.1. Os 5 candidatos serão convidados, por escrito, com a devida antecedência. E deverão confirmar participação no evento até no máximo o dia 10/09/2012.

5) As regras do circuito de entrevistas, tempo de fala, dinâmica de perguntas e respostas, interação com o público, serão definidas em acordo com os candidatos e/ou suas assessores.

6) Para mais informações, entrar em contato com a diretoria da UES através do celular: 9174-4744.
 
Santarém/PA, 31 de agosto de 2012.
 

Felipe de Lima Bandeira
Coordenador geral da UES

quarta-feira, 27 de junho de 2012


Em uma sala lotada de estudantes e de representantes de movimentos sociais, a comissão especial do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) aprovou a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País em políticas do setor em até dez anos. O índice vinha sendo reivindicado por deputados da oposição e parte da base aliada do governo, além de representantes de entidades da sociedade civil.
Hoje, União, estados e municípios aplicam juntos cerca de 5% do PIB na área. Na proposta original do Executivo, a previsão era de investimento de 7% do PIB em educação. O índice foi sendo ampliado gradualmente pelo relator, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), que chegou a sugerir a aplicação de 8% em seu último relatório.
Um acordo feito nesta terça-feira (26) entre governo e oposição garantiu o apoio do relator aos 10%. Pelo texto aprovado, o governo se compromete a investir pelo menos 7% do PIB na área nos primeiros cinco anos de vigência do plano e 10% ao final de dez anos. A proposta segue agora para o Senado.
Para o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, a aprovação dos 10% é resultado da pressão de entidades ligadas ao setor: “São dois fatores primordiais que garantiram que esse acordo fosse consagrado: o trabalho técnico de diversas instituições, que mostraram a necessidade dos 10%, e a mobilização popular”.
Após a aprovação na Câmara da meta de 10% do (PIB) na Educação, o MEC divulgou nota informando que irá estudar as repercussões da proposta. O ministro Aloizio Mercadante afirmou que o aumento do investimento será uma 'tarefa política difícil de ser executada'. “Em termos de governo federal equivale a colocar um MEC dentro do MEC, ou seja, tirar R$ 85 bilhões de outros ministérios para a Educação”, disse Mercadante, segundo o texto divulgado pelo ministério.

# Com informações da Agência Câmara e UOL.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vídeo do Juntos! retratando o movimento grevista que abrange mais de 50 universidades federais no Brasil. Estudantes e professores lutam por uma educação pública de qualidade. Os técnicos administrativos em educação também estão em greve desde o dia 11/06. O governo federal segue sem apresentar propostas concretas às categorias em greve.
A luta continua. Em defesa da educação, estamos juntos!

sábado, 16 de junho de 2012


Belo Monte, Rio Xingu, 15 de junho de 2012 – Trezentas pessoas - entre povos indígenas, agricultores, pescadores, ativistas e moradores afetados pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte - ocuparam nessa manhã uma das ensecadeiras de Belo Monte – pequena barragem próxima da Vila de Santo Antônio. Abriram um canal com picaretas, pás, enxadas, deixando o Rio Xingu correr livre novamente. Moradores do Xingu fizeram uma faixa humana com as palavras “Pare Belo Monte”. No início da Rio +20, enviam uma mensagem da imensa devastação social e ambiental que este projeto está causando a região, alertando que hidrelétrica não é energia limpa. A mensagem dos povos é “Energia que não respeita a lei, a população local, violenta direitos indígenas, destrói comunidades e o meio ambiente não pode ser limpa”. Eles querem a paralização da construção de Belo Monte!
Foto: Atossa Soltani/ Amazon Watch / Spectral Q.
# Confira mais informações no site do Movimento Xingu Vivo.

sexta-feira, 15 de junho de 2012


No site do Juntos!:
Ontem, dia 14/06/2012, vinte e seis estudantes foram presos pela PM no campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp-Pimentas).
Vivemos num tempo de inversão de valores. Lutar pela educação pública, gratuita e de qualidade é crime, enquanto o contraventor Carlinhos Cachoeira e seus comparsas estão livres. Esse tempo (e seus senhores) não criminaliza apenas o movimento estudantil. Todo movimento social é duramente reprimido pelas forças do Estado em suas manifestações (podemos ver isso claramente com os últimos acontecimentos como o caso do Pinheirinho em janeiro passado e mais recentemente a luta por moradia no centro de São Paulo).
Após realizar uma assembleia intercampi, os estudantes do campus Guarulhos realizaram um ato e voltaram ao campus entoando palavras de ordem, sendo uma delas o “Fora Marcos Cezar” (diretor acadêmico do campus). Os manifestantes foram surpreendidos com a chegada da Polícia Militar. Após entoar a palavra de ordem “Fora PM” a polícia prendeu dois estudantes e começou a reprimir os manifestantes com balas de borracha e bombas. Vários estudantes ficaram feridos gravemente, houve derramamento de sangue por todo o campus. O professor Luiz Leduíno, Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, disse que “o ocorrido ontem foi um desastre!”, porém, mais desastrosa é a ação da diretoria acadêmica que não senta pra dialogar e sim reprime o movimento!
CONTRA A PRISÃO DOS ESTUDANTES DA UNIFESP! CONTRA A ACUSAÇÃO DE FORMAÇÃO DE QUADRILHA! CONTRA A REPRESSÃO, LUTAMOS JUNTOS!

Veja AQUI o momento em que a polícia atacou os estudantes.

terça-feira, 12 de junho de 2012



No dia 14/05, o DCE da UFOPA e a UES apresentaram uma representação ao Ministério Público Federal, solicitando investigação de irregularidades verificadas nas contas da Universidade Federal do Oeste do Pará. Em resposta, o Reitor pro tempore José Seixas Lourenço e outros representantes da Administração da UFOPA emitiram “notas de esclarecimento” no site oficial da instituição e concederam entrevistas aos meios de comunicação locais contestando as afirmações contidas na representação. Sobre tais declarações, apresentamos a seguir alguns comentários:
1)     Em entrevista coletiva do dia 22/05, Seixas Lourenço afirmou estar “de portas abertas” para esclarecer todas as denúncias. Todavia, apesar de convidado, não compareceu à Audiência Pública realizada no dia 01/06 na Câmara Municipal de Santarém, e sequer enviou representante. Mais uma vez, o reitor se recusou a dialogar com a comunidade acadêmica e a sociedade, e deixou sem esclarecimento as denúncias que foram reiteradas na Audiência Pública pelo DCE e pela UES. Qual será o motivo de Seixas não se explicar em público? O que tem ele a esconder?
2)     Na mesma entrevista do dia 22, Seixas afirmou que as denúncias contra a Reitoria se devem a meros “interesses político-partidários” e que seu dever é prestar contas aos órgãos oficiais, como a Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério da Educação (MEC). Em ambas as afirmações, o Reitor pro tempore desconsidera a comunidade acadêmica, pois: a) ignora que as críticas à Reitoria decorrem não de interesses partidários, e sim da insatisfação presente nas 3 categorias devido à política antidemocrática da gestão pro tempore, que, por exemplo, se recusa a homologar o estatuto aprovado democraticamente por delegados das 3 categorias no Congresso Estatuinte; b) o dever da Reitoria é prestar contas tanto aos órgãos governamentais quanto à comunidade acadêmica e à sociedade. E até hoje não houve um evento público em que o senhor Reitor mostrou como está sendo gasto o dinheiro público que o Governo Federal coloca à disposição da UFOPA.
3)     Em suas várias notas, a Reitoria não contestou os números apresentados pelo DCE e pela UES ao MPF, que demonstram o SUPERFATURAMENTO nas contas da UFOPA. As “respostas” da Administração Superior foram afirmações evasivas, tentando tirar o foco da situação. No caso dos equipamentos de laboratório, a Reitoria tentou repassar a culpa do superfaturamento unicamente à empresa que ganhou a licitação, quando, na realidade, a gestão da Universidade deve ser responsabilizada pelo fato de que tais produtos foram comprados em preço que ultrapassa em R$ 1,8 milhão o valor de mercado.
4)     No que tange à compra dos terrenos, mais uma vez a Reitoria tenta mudar o foco da questão, afirmando que o preço dos três imóveis foi indicado pela Superintendência de Patrimônio da União (SPU), com aval do MEC. Ora, isso não explica, por exemplo, a discrepância de mais de R$ 900 mil entre o valor dado pela UFOPA na compra do terreno na Rua 24 de Outubro e o valor pelo qual a Prefeitura de Santarém havia desapropriado esse mesmo terreno. A SPU e o MEC não estão imunes a erros. E, se constatado pela Reitoria que os preços indicados por esses órgãos não são razoáveis, um bom administrador teria se recusado a adquirir a área nesses moldes, em respeito ao dinheiro público, que foi, obviamente, mal empregado. Todavia, muita coisa leva a crer que a compra superfaturada dos terrenos não foi mero “descuido” da Reitoria, pois não se trata de um fato isolado. Os indícios de irregularidade na Universidade são vários e já estão sendo investigados pelo MPF e pela Polícia Federal – outro forte indício que sequer foi mencionado nas notas da Reitoria é a reforma do prédio da Pró-Reitoria de Ensino (PROEN), que custou R$ 350 mil, valor que notoriamente não corresponde ao que foi feito no local.
5)     Em entrevista coletiva no dia 01/06, os pró-reitores Aldo Queiroz e José Antônio Aquino afirmaram que as denúncias de corrupção têm como objetivo “denegrir” a imagem da Universidade e “desestabilizar” uma instituição que tem papel importante para o desenvolvimento da região. Ora, o movimento estudantil não tem motivo algum para se opor ao avanço da UFOPA. Muito pelo contrário: todas as críticas e denúncias são pautadas na defesa de uma Universidade pública, democrática e transparente, ideal sistematicamente negado pela Administração Superior. O desperdício de dinheiro público, verificado na compra de equipamentos e terrenos, é um fator que só prejudica o desenvolvimento da nossa Universidade.
6)     Parece haver, entre os integrantes da Reitoria Seixas, uma dificuldade de diferenciar o que é interesse da Universidade e o que é interesse dos gestores. Isso fica claro quando o Reitor e alguns pró-reitores utilizam o site oficial da UFOPA para disseminar suas concepções políticas e pessoais, inclusive atacando setores da comunidade acadêmica, movimentos sociais e parlamentares. Isso representa uma notória violação dos princípios constitucionais da moralidade e impessoalidade, que regem a atuação da Administração Pública no Brasil.
7)     Somos profundamente favoráveis ao desenvolvimento educacional e científico da UFOPA, de modo que nossa Universidade ajude a promover avanços sociais em Santarém e no oeste do Pará. No entanto, não iremos admitir que os atuais GESTORES da UFOPA, que não foram eleitos pela comunidade acadêmica, continuem utilizando indevidamente o DINHEIRO PÚBLICO.
8)     Acreditamos que o Senhor Seixas Lourenço não reúne condições morais e políticas para continuar no comando da UFOPA. Seixas não tem legitimidade política na Universidade: não foi eleito, não dialoga com as representações das 3 categorias e administra de forma autocrática e obscura a instituição, como se esta fosse uma propriedade particular sua. Ademais, os fortes indícios de corrupção na Reitoria Seixas mancham enormemente a imagem da UFOPA perante a sociedade. A permanência do Senhor Bernardino Ribeiro (que foi condenado pela Justiça a 06 anos de prisão e 05 de afastamento de funções públicas) no cargo de procurador da UFOPA também demonstra o descrédito da atual Administração, do ponto de vista ético e moral.
9)     Por fim, salientamos que o momento atual demanda muita mobilização da comunidade acadêmica e da sociedade. Estudantes, professores e técnicos da UFOPA estão em GREVE por tempo indeterminado. Além das pautas nacionais dos 3 segmentos, o movimento grevista na UFOPA apresenta também PAUTAS LOCAIS, como o combate ao assédio moral praticado contra servidores da instituição, a flexibilização da jornada de trabalho dos técnicos (30 horas semanais), a implementação de políticas de assistência estudantil, a apuração das denúncias de corrupção, a homologação do estatuto aprovado no Congresso Estatuinte e a realização de ELEIÇÕES DIRETAS para a Reitoria. Convocamos toda a sociedade da região, especialmente os movimentos sociais organizados, para travar conosco essa luta em defesa de uma Universidade pública de qualidade, democrática e transparente. JUNTOS SOMOS FORTES!
Assinam:
DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES DA UFOPA – DCE/UFOPA
UNIÃO DOS ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR DE SANTARÉM - UES


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terça-feira, 5 de junho de 2012


A Audiência Pública realizada no dia 01 de junho na Câmara Municipal de Santarém consistiu num espaço importante de debate entre a comunidade acadêmica da UFOPA e a sociedade santarena. Nela foi discutida a forma como a Universidade vem dando seus primeiros passos, de forma antidemocrática e sem ouvir os estudantes, professores, técnicos e os movimentos sociais.
Na ocasião, foram apresentadas as principais denúncias de corrupção envolvendo a Administração da UFOPA. Ib Tapajós (ex coordenador da UES) expôs ao público os documentos e informações que fundamentaram a representação entregue ao Ministério Público Federal no dia 14/05/2012, onde DCE-UFOPA e UES solicitaram investigação sobre o superfaturamento nas contas da Universidade. A apresentação de Ib Tapajós pode ser vista AQUI.
A luta contra a corrupção na UFOPA tem sido um dos eixos centrais do movimento grevista de estudantes e professores da instituição, que exigem também a saída do Reitor Seixas Lourenço e a realização de eleições diretas para a Reitoria. Em consonância com tais anseios, foi aprovada no VI Congresso Universitário de Santarém uma Moção de Repúdio à Reitoria da UFOPA, em que os delegados do Congresso manifestam sua indignação perante a má utilização do dinheiro público da Universidade e exigem transparência e democracia na UFOPA.
O vídeo acima contém trechos da Audiência Pública do dia 01/06/2012, particularmente o discurso de lideranças do movimento estudantil santareno e também do diretor da UNE, Rodolfo Mohr, que declarou total apoio à luta dos estudantes da UFOPA, fazendo coro pelo “Fora Seixas!”.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Professores de 49 instituições federais de ensino superior (Ifes) encontram-se em greve, pressionando o Governo Federal pela reestruturação da carreira docente, por melhores condições de trabalho e remuneração à categoria e por mais verbas para a educação pública. O movimento grevista, iniciado no dia 17 de maio, é considerado pelo ANDES-SN como um dos mais fortes já ocorridos nas Ifes.
A expectativa agora é intensificar as ações de mobilização para pressionar o governo a abrir negociação com a categoria. O governo suspendeu, sem justificativas, a reunião com o ANDES-SN e demais entidades do setor da educação, agendada para o dia 28 de maio. "A palavra de ordem do nosso movimento agora, mais do que nunca, é negociação. Queremos o agendamento de reuniões com interlocutores credenciados, com urgência, para buscarmos uma solução positiva ao impasse estabelecido o mais rapidamente possível”, disse Luiz Henrique Schuch, 1º vice-presidente do ANDES-SN e representante do Comando Nacional de Greve.
Na próxima terça, dia 05 de junho, ocorrerá a Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que contará com massiva participação de professores, técnicos e estudantes de instituições federais de todo o Brasil. A FASUBRA já aprovou a greve dos técnicos-administrativos em educação a partir do dia 11/06. Em mais de 20 universidades federais, os estudantes resolveram também entrar em greve, a exemplo da UFOPA, da UFRJ, UFU, UNB, UNIR e de tantas outras.
O cenário é de GREVE GERAL em defesa da Universidade Pública no Brasil!

[Informações extraídas do site do ANDES-SN, da FASUBRA e do Comando de Greve da UFOPA]

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Por Felipe Bandeira e Ib Tapajós*

Ocorreu nos dias 17, 18 e 19 de maio de 2012, no IESPES, o VI Congresso Universitário de Santarém, que reuniu estudantes de 6 instituições de ensino superior do nosso município. Ao todo, cerca de 1.000 (mil) estudantes participaram desse que é, certamente, o principal evento do movimento estudantil santareno. Sobre o Congresso e a construção da UES enquanto entidade de luta dos universitários santarenos, apresentamos a seguir o nosso balanço e alguns apontamentos para o próximo período.
UES: passado e presente de muitas lutas

A União dos Estudantes de Ensino Superior de Santarém é, sem dúvida, um valioso patrimônio político dos estudantes santarenos. Desde sua fundação, no ano de 1998, nossa entidade vem trilhando um caminho de luta em defesa dos interesses da categoria estudantil e da população do nosso município. Por sua independência e combatividade, a UES se tornou uma grande referência política para o conjunto da sociedade santarena.
O congelamento da meia-passagem no valor de R$ 0,65, alcançado em 2008 após diversas manifestações de rua, é um exemplo vivo de que a organização dos estudantes é o melhor caminho para conseguirmos avanços sociais. Essa conquista é mantida ano após ano, mesmo com a grande pressão dos empresários de ônibus pelo fim do congelamento da meia-passagem. A manutenção do congelamento seria inviável caso não estivéssemos sempre vigilantes e mobilizados para combater os reajustes do transporte coletivo, a exemplo do que ocorreu em 2011, quando a UES organizou 3 atos públicos contra o aumento da tarifa.
Além da questão do transporte público, diversas outras lutas travadas pela UES demonstram ser ela uma entidade necessária. A participação ativa nos principais processos de mobilização nas universidades de Santarém, como a campanha por democracia na UFOPA e a luta dos estudantes da UEPA por melhores condições estruturais no campus de Santarém, mostram que a UES está sempre ao lado dos estudantes, defendendo seus legítimos interesses.
Por outro lado, as lutas da UES não se resumem a pautas corporativas das instituições de ensino superior. A construção do Fórum Social Pan-Amazônico em 2010, a organização do ato mundial contra a usina de Belo Monte, em agosto de 2011, a colaboração ativa com o Movimento dos Trabalhadores de Luta por Moradia (MTLM) e a participação nas várias greves dos trabalhadores da educação da rede pública estadual são exemplos da luta por uma sociedade mais justa e democrática que nossa entidade ajuda construir.
A diretoria Tecendo o Amanhã, que dirigiu a UES de outubro de 2009 a maio de 2012, deu uma importante contribuição ao processo de fortalecimento da entidade e do movimento estudantil santareno. A realização de seminários e debates nas universidades de Santarém ajudou a reforçar entre os estudantes a ideia de que é importante estarmos organizados para lutar por nossos direitos. Uma novidade importante na última gestão foi o aprofundamento do debate sobre a realidade das instituições privadas de ensino – discussão travada especialmente no Seminário realizado pela UES no CEULS/ULBRA em abril de 2010.
De todos, porém, o VI Congresso Universitário de Santarém foi o evento mais importante construído pela diretoria Tecendo o amanhã. Mais de 1200 estudantes se inscreveram para participar do Congresso. Além deles, foram eleitos, em suas respectivas turmas, 100 delegados, sendo que participaram da escolha dos delegados 2135 estudantes, de 6 instituições de ensino – UFOPA, UEPA, IESPES, FIT, ULBRA e UNIP. O Congresso proporcionou 3 dias de ricos debates sobre os rumos da educação superior no Brasil, na Amazônia e em Santarém.
O ponto alto do evento foi a mesa que reuniu Aldo Queiroz (Reitoria da UFOPA), Everaldo Martins Filho (Prefeitura de Santarém), Ib Tapajós (UES) e Márcio Pinto (SINTEPP). Na ocasião, estiveram em confronto basicamente dois projetos políticos: de um lado o projeto daqueles que controlam a máquina pública de forma autocrática e surda aos anseios dos estudantes e da sociedade; e, de outro lado, o projeto dos que lutam coletivamente por transformações sociais a serviço da maioria da população, um projeto que visa a construção de uma nova sociedade, mais justa e democrática.
No final do Congresso, foi eleita uma nova direção da UES: a chapa Todas as Vozes, formada por estudantes das 6 instituições citadas acima, foi aclamada por unanimidade pelos 45 delegados presentes na Plenária Final do Congresso, o que demonstra a grande legitimidade dessa escolha.

terça-feira, 29 de maio de 2012


Será realizada na próxima sexta-feira, dia 01 de junho, uma AUDIÊNCIA PÚBLICA para debater a situação da Universidade Federal do Oeste do Pará - as pautas da comunidade acadêmica e os principais problemas existentes na instituição. A Audiência ocorrerá na Câmara Municipal de Santarém a partir das 9 horas da manhã.
Dentre os temas centrais a serem debatidos na Audiência Pública, está a denúncia apresentada pelo DCE-UFOPA e pela UES ao Ministério Público Federal (MPF) no dia 14 de maio, apontando indícios de superfaturamento nas contas da UFOPA. Tal denúncia foi feita publicamente, chamando a atenção da população de Santarém e dos demais municípios do oeste paraense para a existência de possíveis irregularidades e condutas danosas aos cofres públicos.
O Reitor pro tempore da UFOPA, José Seixas Lourenço, foi convidado para participar do evento, de modo a prestar esclarecimentos à comunidade acadêmica e à sociedade em geral. Como, em nota pública, Seixas declarou estar "de portas abertas" para esclarecer os fatos, certamente ele se fará presente na Audiência para debater as denúncias de corrupção e outros assuntos pertinentes à UFOPA.
Desta forma, é fundamental a participação em peso dos estudantes de Santarém, para que possamos exigir TRANSPARÊNCIA e DEMOCRACIA na UFOPA. Confirme presença no Facebook.

segunda-feira, 28 de maio de 2012


Por Paula Kaufmann e Carolina Ucha*

Um quadro no Fantástico de 20/05 com a apresentadora Xuxa Meneghel chamou muito a atenção de toda a população. Foi neste quadro em que Xuxa revelou ter sido abusada sexualmente diversas vezes durante a sua infância. O depoimento da Xuxa foi muito forte e expôs aquele que é um dos grandes problemas quando se discute casos de estupro: a culpabilização da vítima. A apresentadora mostrou que pessoas que são abusadas sexualmente tendem a achar que a culpa da violência é delas, e não de quem as abusou, deixou claro que até os dias de hoje tende a achar que a culpa foi dela, mas não consegue saber o motivo ao certo.
A culpabilização da vítima é resultado de uma cultura machista que acha que é preciso ensinar a mulher a não ser estuprada, ao invés de ensinar o homem a não estuprar. É muito comum ouvirmos a historia de alguma mulher que foi abusada sexualmente e alguém dizer: “Mas ela pediu pra ser estuprada, olha a roupa que ela estava vestindo” ou “quem mandou andar sozinha naquela rua tão escura?” infelizmente nós vivemos em uma sociedade que trata a mulher que foi abusada como suspeita ou culpada do que aconteceu.
Em 2011, o agente policial Michel Sanguinetti durante uma discussão sobre a segurança em uma universidade de Toronto fez a seguinte afirmação: “Vocês sabem, eu acho que nós estamos fazendo rodeios aqui. Disseram-me que eu não deveria dizer isso, mas as mulheres devem evitar se vestir como vadias, para não se tornarem vítimas de ataques sexuais”. Dessa maneira, nasceu um movimento de protestos internacional, a Marcha das Vadias, dizendo a todo o mundo: não me ensine como me vestir, ensine aos homens como não estuprar.
Reconhecido como um movimento que se coloca a frente na luta do combate à violência contra a mulher contra a culpabilização da vítima, a Marcha das Vadias ganhou novas edições este ano que ocuparam as ruas com milhares de pessoas neste fim de semana por todo Brasil. Vamos continuar lutando pela autonomia da mulher e contra a violência!
“Preste atenção: o corpo é meu e a minha roupa não é problema seu!”
* Paula Kaufmann e Carolina Ucha são estudantes de Ciências Sociais da USP e militantes do Juntos! Juventude em luta. Texto extraído do site do Juntos!

# Leia também: “Burro” e feminista, melhor que “inteligente” e machista.

quarta-feira, 23 de maio de 2012


Por Ib Sales Tapajós e Felipe Bandeira*

No dia 21 de maio de 2012, os estudantes da Universidade Federal do Oeste do Pará, em assembleia lotada, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, aderindo, dessa forma, à paralisação iniciada pelos professores da instituição no dia 17. A assembleia estudantil, convocada pelo DCE-UFOPA, contou com a participação de mais de 250 estudantes da Universidade, que decidiram por esmagadora maioria aderir ao movimento grevista nacional – foram apenas 4 votos contrários e nenhuma abstenção. Já no dia 22, estudantes e professores realizaram o primeiro ato público da greve, em frente ao prédio da Reitoria, no campus Tapajós, demonstrando que esta será uma greve de ocupação dos espaços da Universidade. Uma greve com forte potencial político e reivindicativo.
Além do apoio à pauta legítima de reivindicação dos docentes, que envolve questões salariais e a reestruturação da carreira, os estudantes da UFOPA defenderão, na greve, suas demandas locais perante a Administração Superior da instituição. As deficiências estruturais da Universidade e a falta de planejamento institucional sério, que levam, por exemplo, à utilização de espaços improvisados do Hotel Amazônia Boulevard como salas de aula, serão temas presentes na pauta do movimento estudantil durante a paralisação. Ademais, a luta por políticas consistentes de assistência estudantil será um dos eixos centrais da greve dos estudantes, que até hoje não possuem moradia estudantil, creche universitária nem restaurante universitário. A assistência estudantil na UFOPA se resume hoje às bolsas-permanência que, devido à sua quantidade e valor irrisório, estão longe de resolver as necessidades do corpo discente.
Em assembléia, estudantes da UFOPA entram em greve
Assim sendo, a UFOPA está conectada com o forte movimento grevista nacional de defesa da Universidade pública, que teve início no dia 17 de maio, a partir do chamado do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). Após apenas uma semana do começo da greve nacional, mais de 40 universidades federais já paralisaram suas atividades. Apesar das especificidades da pauta de cada instituição, um aspecto é marcante em todos os movimentos grevistas: o combate à precarização das condições de ensino nas federais.
A precarização é consequência direta da política de expansão do ensino superior implementada pelo Governo Federal, que aumenta o número de vagas nas universidades sem o devido aporte de recursos para garantir qualidade às vagas criadas. Ao invés de aumentar as verbas destinadas ao ensino público, o governo Dilma realizou dois graves cortes no orçamento da educação nos últimos dois anos: R$ 3 bilhões em 2011 e R$ 1,9 bilhão em 2012. Dinheiro que faz falta no dia-a-dia de estudantes e professores de todo o Brasil.
A greve é uma resposta a essa situação. Apesar de ter se iniciado pelos professores, o apoio e a adesão dos estudantes ao movimento é marcante em todo o Brasil. Em pelo menos 16 universidades já foi aprovada greve estudantil, o que mostra o papel ativo dos estudantes na luta em defesa da educação. Foi assim na Universidade Federal de Rondônia (UNIR), na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), na Universidade Federal de Rio Grande (FURG) e também na UFOPA, em Santarém.
Na UFOPA, exigir o FORA SEIXAS!
A deflagração da greve na Universidade Federal do Oeste do Pará ocorreu num momento crucial da história desta jovem instituição. Juntamente com a eclosão do movimento grevista, vieram à tona, a partir de denúncia feita pelo DCE-UFOPA e pela UES, fortes indícios de corrupção envolvendo a Administração Superior da Universidade. Na denúncia, constam elementos concretos que demonstram o superfaturamento na compra de terrenos e equipamentos de laboratórios, que causaram prejuízos milionários aos cofres públicos.
Tais denúncias são um elemento a mais a demonstrar a falta de legitimidade da Reitoria do Sr José Seixas Lourenço, que nunca foi eleito pela comunidade acadêmica, estando no cargo por indicação unilateral do MEC. Ao invés de determinar a investigação das denúncias e dar as devidas explicações à sociedade, a Reitoria Seixas se limita a tentar desqualificar todos aqueles que fazem coro à denúncia e cobram apuração das irregularidades.
Diante desse cenário, o movimento grevista de estudantes e professores da UFOPA deve eleger, sem vacilação, a campanha pelo FORA SEIXAS como eixo central das mobilizações. Junto a isso, exigir ELEIÇÕES DIRETAS para a Reitoria da Universidade e a homologação do estatuto que foi aprovado no início de abril pelas 3 categorias que compõem a comunidade acadêmica.
Não podemos perder a oportunidade de fazer do movimento grevista um movimento direto de contestação contra essa Reitoria autoritária que não respeita a vontade da comunidade acadêmica e, ainda por cima, está maculada por fortes indícios de corrupção. A greve na UFOPA deve ajudar a construir uma Universidade pública democrática, transparente e participativa, em que estudantes, professores e técnicos tenham o poder de decidir sobre seus próprios destinos. Uma Universidade que ofereça condições dignas de ensino-aprendizagem e políticas consistentes de assistência estudantil ao seu corpo discente.
Claro está que esse projeto de Universidade só pode ser alcançado com a saída de Seixas Lourenço e sua equipe do comando da instituição. Por isso não hesitamos em afirmar: FORA SEIXAS! DEMOCRACIA REAL JÁ NA UFOPA!
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* Ib Sales Tapajós é estudante de Direito da UFOPA e foi coordenador geral da UES na gestão Tecendo o amanhã; Felipe Bandeira é estudante de Economia da UFOPA, diretor do DCE e da UES (Gestão Todas as Vozes). Ambos são militantes do Juntos! Juventude em luta.
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# Confira mais informações sobre o movimento grevista nas universidades federais no site do Juntos! e do ANDES-SN. Acesse também a página do movimento grevista da UFOPA.
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