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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

COLUNA PASQUIM UFOPA





Pois bem, este artigo pretende mostrar como Seixas entregou de bandeja nossa biodiversidade Amazônica para o mercado internacional, burlando as leis e institucionalizando a biopirataria. Trata-se de nebuloso contrato entre a Bioamazônia (Associação Brasileira para o Uso da Biodiversidade da Amazônia) e a NOVARTIS PHARMA AG, multinacional farmacológica com matriz na Suíça. Excetuando alguns capítulos, os parágrafos mais importantes desse acordo têm como título: Vende-se a Amazônia! 


Em 29 de maio de 2000, a Bioamazônia assinou o contrato de bioprospecção com a NOVARTIS por um período de 3 anos. Conhecido como acordo de cooperação, a Bioamazônica deveria fornecer a empresa suíça amostras de microorganismos, preparando extratos a partir delas. Essas amostras, e todos os direitos de patentes relacionas a mesma, seriam propriedade da Bioamazônia. Em contrapartida, a NOVARTIS escolheria as amostras (cepas e extratos) para análise e seria proprietária de todas as invenções que resultassem do trabalho com as amostras, inclusive compostos diretos e derivados, que são os compostos resultantes de novas misturas. Lançados os produtos, a Bioamazônia receberia a bagatela de 1% dos royalties sob a venda líquida dos produtos. Uma ninharia! 


O acordo foi rechaçado por amplos segmentos da sociedade, e inclusive pelo próprio Ministério do Meio Ambiente (MMA). O convênio foi considerado ilegal, diziam, ausência de arcabouço legal para rifar a Amazônia ao capital internacional! Devido o reboliço do caso, o acordo teve que ser anulado em 2001. 


O escândalo da NOVARTIS virou notícia em todo o país. Para se ter ideia, o próprio ministro do meio ambiente da época, o famigerado José Sarney Filho, divulgou uma nota alegando que em momento algum autorizava a Bioamazônia a realizar contratos com bioindústrias. 


José Seixas Lourenço, que no governo FHC em 1995, assumira a Secretaria de Coordenação da Amazônia (SCA), teve papel fundamental para a consolidação do caso NOVARTIS. Ocorre que Seixas, na época Presidente do Conselho de Administração da Bioamazônia e Wanderley Messias, diretor Geral da Bioamazônia foram os grandes responsáveis pelo acordo leonino com a gigante farmacológica NOVARTIS. 


O contrato celebrado em Brasília foi realizado como um contrato particular qualquer, sem a participação da sociedade, dos povos da região, como se a Amazônia se reduzisse um novo eletrodoméstico que entrou em liquidação. Uma verdadeira queima de estoque da biodiversidade! 


Os ganhos para a Amazônia provindos do acordo seriam tão escassos, que Mário Palma, professor, pesquisador da UNESP e membro do PROBEM (Programa Brasileiro de Ecologia Molecular para o Uso Sustentável da Biodiversidade da Amazônia), afirmou que o contato não traria nenhum ganho tecnológico e acadêmico, aliás - ressalva – nós é que vamos financiar a NOVARTIS. 


É no mínimo vergonhoso um cara como o Seixas, tendo sua biografia marcada pela privatização da Amazônia, assumir o cargo de reitor em uma universidade tão importante para nossa região, como é a UFOPA. 


A frente da universidade, sua gestão foi como um trator: atropelando tudo e a todos! A abertura democrática só foi possível graças ao esforço e a capacidade de mobilização da comunidade acadêmica que conseguiu arrancar a vitória das eleições. Seixas é do tipo que se sente um peixe fora d’água em órgãos de decisões democráticas. 


Temos uma dívida histórica com a Amazônia: Derrubar os piratas, ou melhor, os biopiratas! 


Quer saber mais?

sábado, 5 de outubro de 2013

Coluna Pasquim. O blog da UES vai acompanhar de perto todo o processo eleitoral da UFOPA. Fique bem informado com crônicas divertidas. Curte aí!


Seixas, Aldo Queiroz, Aquino e o baile dos reacionários



O que significa as eleições na UFOPA? Esse questionamento é fundamental para nos situarmos no debate emaranhado e espinhoso que são as eleições para reitor na universidade. Um fato importante, muito além do pragmatismo eleitoral, são os grupos que se articulam para disputar o pleito.

O grupo de Seixas se forjou com fortes articulações políticas de projeção nacional. Arraigado na burocracia do Estado desde os tempos sombrios da ditadura militar, Seixas traz consigo um projeto de universidade enraizado na precarização e na forte centralização administrativa.

Com ele não tem conversa! Não busca diálogo com professor, técnico ou estudante. Prefere o comodismo das manobras políticas ao embate das idéias nos órgãos deliberativos da instituição. Foi por isso que seu grupo aparelhou o CONSUN, botando um cabresto nos membros majoritário. Na época houve uma campanha de votar nulo no CONSUN que nos anula. Pouco adiantou, afinal, a legitimidade é um jargão esfarrapado para a reitoria.

O grupo que se contrapõe a atual gestão é o da Raimunda Monteiro. Esse grupo tem conseguido dialogar com uma ampla parcela de professores, técnicos e estudantes. Obviamente que o um forte indutor para a unidade é a repulsa ao grupo do Seixas. Esse grupo representa hoje a possibilidade de uma Universidade sem Seixas, sem Aldo, ou seja, a possibilidade de uma vitória sobre as velhacarias políticas da UFOPA.

Cabe pensar que futuro terá a UFOPA?


Com Seixas, as perspectivas são obscuras, com o Aldo Queiroz a situação se agrava ainda mais. Trata-se de um velho conhecido, versado nas mais antidemocráticas e repressoras ações. Pensa a universidade a partir do seu umbigo. Dirigiu por longos anos o campus da UFPA em Santarém, período em que não poupou esforços em calar a voz dos movimentos organizados. Com Aldo não tem conversa²x10²¹³.
Já o Aquino é o bom garoto do Seixas, empenhado em seguir a risca a cartilha Lourenço.
Ai de ti UFOPA!


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